TIPO E ANTÍTIPO EDUCACIONAL ("A representação é uma ilusão". — Vladimir Safatle)
No velho normal, quando os alunos roubavam o giz da caixinha do professor, era para brincar de lecionar em casa. Hoje, é para jogar nos outros. Agora, com o uso do pincel para quadro branco, são mais desrespeitosos, o professor não pode descuidar um instante, senão terá de apagar palavrões no quadro e indiretas, de zombarias, para ele. Até porque gastar a tinta do pincel do professor é tomado como uma metonímia maldita: É desgastá-lo inutilmente, é uma forma de vingança dele! O giz daquele tempo também tornava-se representação fiel do mestre, quando jogavam contra os outros, efetivando a rejeição. Na escola do novo normal ainda brincando com a carreira do professor. Mesmo os que, em casa, brincavam de professor, não queriam ser professores de verdade em momento algum! Os animais brincam de caçar, porque querem ser bons caçadores, entre eles o faz-de-conta tem objetivo... meus alunos desnaturados, apenas brincavam com minha profissão sem objetivo algum! (CiFA