Coletivo da periferia
Um mundo miserável! Onde há falta de tudo!
Falta de alimentação digna, saúde, educação e segurança aos miseráveis
O que tem muito! São grandes quantidades de sujidades
Nas ruas, quintais e nas calçadas atrapalhando o tráfego
E a criança de 3 anos desviando das bocas de lobo sem tampas.
Mas, moradores fazem as solicitações de conserto aos órgãos competentes.
Guaraituba ao terminal do Guadalupe são apenas 45 minutos
Eis que o para-brisa está quebrado
A ânsia! Com seus pés feridos sentada ao lado da moça que folheia a revista
Ele abandonara o colégio para ser arrimo de família, esta de frente para elas
Distraída enquanto folheia a revista! A calcinha dela é rosa.
E o exalar do perfume da calabresa, a caixa de pizza esta entreaberta
Olhos fechados enquanto os sacolejos do biarticulado trafega no conturbado trânsito
num puro reflexo, delicada mão se aproximar para acordá-lo, observa o sorriso angelical.
Eis que o ponto final
IPTU está mais caro, tirando o sorriso da população
Está com a cesta básica cada vez menor
E o sonho para no meio de um poema, enquanto é acordado para sair do coletivo.