Quebra de Protocolo
Não é só em relação às restrições impostas pela pandemia da covid-19 que o brasileiro frequentemente quebra o protocolo. Temos visto exatamente quem deveria dar o exemplo proceder contrariamente ao estabelecido, seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Diríamos que o brasileiro, evidentemente com as merecidas exceções, é, por natureza, um infrator.
Mesmo bem próximo, sem ir muito além, tenho visto autoridades cometerem desrespeitos às normas vigentes, em assuntos que a eles próprios caberia coibir. Então, o cidadão simples, vendo-os infringir os devidos protocolos, as normas, as leis e tudo quanto poderia disciplinar o convívio social, fica convencido de que não adianta ser o bonzinho.
Assim como no caso daquele desembargador que desrespeitou o educado agente de trânsito, dando-lhe "carteirada" e ainda se dirigindo ao seu superior hierárquico para reprimi-lo, talvez, em razão de um ato que ele estava no estrito cumprimento do dever. Afora o assunto da pandemia, temos visto também autoridades confundirem o seu papel social, quando fora de suas atribuições específicas.
Há um slogan do próprio Denatran que diz - "no trânsito somos todos iguais", mas muitos esquecem que ali todos são "motoristas". E, em alguma ocorrência especifica do trânsito, se apresentam como "Doutores", querendo diminuir o outro, que ali é tanto quanto ele.
Então, que todos nós estejamos cientes de que pela Carta Magna "todos somos iguais".