Dois lados

Quem vai pela cabeça dos outros é piolho, já dizia um ditado que ouço desde criança. Assistindo ontem a festa do Big Brother 21, deu para conhecer um lado mais humano de alguns participantes no confinamento. Logo eles Projota, Karol Conká e Ponka mostraram humildade e integração com o grupo e respeito a todos.

Quem gostaria de ver treta entre Conká e Juliette viu duas participantes até brincando uma com a outra. Projota deu um show numa rima criada na hora onde ele elogiou todos os sobreviventes ainda no jogo.

Rodolfo, Caio, Fiuk e até Nego Di se entrosaram bem com a música. Aliás onde tem som, toca as pessoas muito bacana isso.

Quem olha para trás e vê as duas semanas passadas e viu toda a maldade de Projota, Karol Conká e Nego Di principalmente contra Lucas Penteado não consegue ver as mesmas pessoas.

Como pode mudar assim tão rápido? Primeiro temos que julgar com o olhar diferente. Isso é um jogo e uma pressão gigantesca. Quem tá lá dentro é pressionado a se posicionar 24 horas, seja por comida, seja por quarto, banheiro, seja por ações e palavras, então é complicado ser juiz dessas pessoas e determinar que elas são o anjo ou o demônio definitivamente. Não é bem assim.

Nós mesmos no nosso dia a dia temos momentos bons e momentos ruins. Somos julgados boas pessoas por quem gosta da gente e má pessoa por quem nos odeia. Podemos mostrar um lado doce para alguns e um lado duro perseguidor contra outros. Você pode até dizer não tenho problemas com ninguém todos gostam de mim. É impossível isso ser verdade. Temos lados obscuros que até a gente desconhece.

Pense durante 24 horas do dia, você é mal nem que seja uma vez só. Pode até ser 99% anjo como diz a música do Wesley Safadão, mas tem 1% vagabundo. Pois somos seres humanos dotados de pensamentos intensos. E até quando você se fecha no casulo e não fala com ninguém seu pensamento age e ele fica julgando e analisando direto e no meio dessas análises você pensa coisas ruijs sobre alguém.

Pode até não se envolver em tretas e ser aquele ser humano introspectivo, mas você tem ranço de pessoas que lhe julgam como estranho, como louco.