Ser ela mais anela e bela
Com sessenta anos de idade, Anfetamina era dócil e gentil. Cada hora de passos a veemente alegria de cada ser momento. E se casara com Joaquim hoje com setenta anos. E tiveram filhos e netos, todos com saúde e formados hoje. Anfetamina eram psiquiatra e psicóloga e Joaquim era e fisioterapeuta e nutricionista. Os filhos que eram dois fizeram quiropraxia um e medicina e clínica geral outro. E cada dia eles quatro passeavam e caminhavam pelo Ibirapuera e eram felizes. E andavam de bicicletas alugadas e a pé pela redoma. E tinha a fonte dos jatos de água que eles até tiravam fotos e guardavam as aventuras em seus celulares. E colocavam num álbum de família virtual todas as mais de três mil fotos que eles tiraram em vários anos. E tinha Anfetamina de shortinho e bermudinha, tinha o marido sem camisa e com calor e os filhos pequenos com sandália e camisas regatas. Joaquim era feliz e se surpreendeu quando certo dia em um aniversário dele a esposa apareceu com um carro colorido e um alto-falante com flores e chocolates. E ele babou pela linda companheira e deu um longo beijo de quinze minutos sem cessar. Quando ela e ele completaram cinquenta anos de casados ela deu um anel novo para ambos de e dezoito quilates puro de ouro. E ele levou para ela um café da manhã digno de chá, pão quente, margarina, uma laranja e um mamão, café com leite e uma goiabada com queijo. De cada momento de que o amor pelos velhinhos é uma experiência e a paz abunda em seus trigais de fé. E Anfetamina completou hoje oitenta e nove em 2089 e o marido completou tudo a amando. Os filhos colocaram os pais num asilo a pedido muito discernido deles. E no asilo Joaquim lia jornais sendo dois, tocava violão, jogava jogo de damas e cantava no chuveiro como um barítono. E a voz da mulher era uma verdadeira soprano e cantava cada vez mais alta. E os dois filhos visitavam os dois pais com amor e alegria. Joaquim e Anfetamina viveram os dois passando dos cem anos cada um. Pagavam para o asilo mil reais por mês para cuidar e dele e também mil por ela e o dono do asilo com permissão dos filhos cuidava de suas contas bancárias sem nunca retirar nenhum indevido valor, e sempre honestas foram. Cada hora ela rezava pelos filhos e netos e netas. E cada verdade seja dita: o amor deles dois jamais acabou somente e se evoluíra. De vontade de Joaquim o dinheiro de seus shows ia para ajudar idosos endividados com o asilo Costas de marfim. E adiante de cada amor os dois cantavam e eram felizes. Anfetamina teve uma morte leve e sem dores, morrera dormindo aos cento e doze anos numa cadeira de balanço que era a alegria daquela linda velhinha. E o marido depois de ver a esposa morta enfartou e foram-se velados os dois juntamente em um sepulcro duplo no cemitério de Nova Esperança dos Povos com a seguinte lápide: foi amor, verdade, perdão, carisma, caridade e simples corações em redor da redoma do amor. E o corpo dela está intacto até hoje onze anos após sua morte e a dele também.