TEMPO BOM, MUITA SAUDADE DESSA ÉPOCA
Eu ainda sou dessa época:
De se medir na bananeira
Da bolinha de vidro
Da bola de siringa
Do pião
Da baladeira
Do Machado
Fogão de lenha
Do ferro de engomá
Da enxada
Do terçado
Da perna de pau
Da bilha
Do pote
Do caneco
Do jirau
Da sintina
Do carapanã
Do mijação
Da urtiga
Da lamparina
Da mutuca
Do bicho de luz
Do mucuim
Do bicho de pé
Da arapuca
Da cueira
Do balde
Da cuia
Do cedro
Da lavadeira
Da mosca vareja
Da dor de dente
Da formiga de fogo
Da formiga jiquitaia
Da caba de igreja
Da ferrada de arraia
Da sanguessuga
Do tuíra
Do Matim pêrerê
Da rasga mortalha
Enfim, daquele tempo que apesar de todas as dificuldades, eramos livres curtíamos a liberdade, vivíamos sem pressa, sem irá, sem rancor e com Deus no coração.
Saudade, muita saudade...
Salve o escritor e poeta
Viva a Poesia Regional
Que de melhor não se tem igual
Em 05/04/2020
Escritor e poeta urucaraense