Medo de Vacina
Diante de tantas informações e de campanhas por demais esclarecedoras, não se admite, hoje, que alguém ainda recuse tomar a vacina. Entretanto, nos velhos tempos, quando eu tinha uns 6 anos de idade, morando na roça, "sem rádio e sem notícias das terras civilizadas", não seria de estranhar que eu tivesse medo da vacina, muito mais pela agulhada, do que propriamente da vacina, por não conhecer os seus efeitos.
Certa manhã, indo a cidade com meu pai, não muito distante, bastando atravessar o rio numa canoa, fui surpreendido por um dupla de agentes da vacinação, que agiu sem a menor experiência de convencer uma criança. De modo assustador, disse: "olha um menino ali, pega ele". E eu, que já ouvia dizer que na cidade havia um tal de papa-figo, desgarrei da mão do meu pai e corri em disparada na direção do rio, sempre olhando para trás, disposto a cair na água, se a dupla ainda estivesse no encalço, pois, na época, já sabia nadar.
Agora, tão logo a minha faixa etária seja contemplada com a vacina da covid-19, estarei lá confiante e sem medo. Não importa a origem, se a Anvisa já aprovou. Como disse um médico ligado a infectologia, "eu tomo até a do Cazaquistão."
Com gigas e terabytes de informções, por que ainda não acreditar na Ciência?
Mesmo os que ainda moram na roça, as informações já chegam lá.