"NÃO BUSQUE FELICIDADE NO CASAMENTO."
"O dia que eu me casar com ela finalmente serei feliz. O dia que eu encontrar o homem da minha vida serei plenamente realizada." Muitas pessoas vem buscando no casamento a fonte última da felicidade e de suas existências. De acordo com essa visão, quando finalmente se encontrar a tal alma gêmea tudo (ou quase tudo) vira sinônimo de perfeição. Mas será mesmo que devemos colocar toda nossa carga emocional, espiritual, física, material, etc, para o outro carregar? Não, esse não é o propósito bíblico do casamento. Até porque nenhum ser humano por melhor que seja é capaz de dar felicidade e satisfação plena para outra pessoa. Infelizmente essa busca tem sido comum tanto na nossa sociedade quanto em muitas igrejas (católicas e evangélicas). O casamento tem se tornando uma espécie de ídolo e divindade. Em nome dele, por exemplo, muitas pessoas romantizam, gastam o que não tem, casam-se por aparência, status, etc, menos pelo verdadeira essência que é o thelos (palavra grega que significa propósito). O casamento, portanto, tem como propósito a busca pela constituição da família, criação dos filhos e cooperação mútua entre os cônjuges dentro da relação. Aliás, falando em romantização, o casamento é uma instituição pré romântica, ou seja, o romantismo enquanto movimento cultural começou no século XIX, portanto, não é ele que deve determinar o casamento. Mas o romantismo enquanto utopia (usando as palavras do teólogo Igor Miguel) tem implodido nos atuais casamentos gerando cada vez mais casais infantis, rasos e imaturos. Isso significa que não pode haver alegria dentro do casamento? Não só pode como deve. Só não se deve confundir carinho e cuidado com romantização. Enfim, como um certo ateu disse: o casamento não é para ser feliz, mas sim para ser adulto! Ele foi mais certeiro do que muitos cristãos casamenteiros, rs.