Do meu jeito


Precisei ir apagando por dentro, as amarguras que senti, e não foram poucas, mas tudo passou, também, ainda preciso ir consertando a cada dia, as dores que na luta por sobrevivência, por desventura um dia causei, e fui ao longo da viagem prometendo a mim mesma, mudar sempre, para no espelho poder dizer sem constrangimento, esta sou eu, do meu jeito... Assim na vida como na natureza, sempre haverá uma mensagem à ser lida... Basta olhar, dos espinhos às flores, há sempre o que se escolher, saber se dá para espalhar as cores das flores, a sua beleza, o seu perfume ou espinhos que ferem muitas vezes sem querer. Sempre tive o cuidado para saber calar, ponderar o próximo passo, continuo tentando. As palavras ferem muito mais do que espinhos, quero deixar em minhas pegadas àquilo que os meus olhos querem encontrar, é quando eles falam para a minha alma, com empatia e compaixão para com as fraquezas alheias, e as minhas. Quando escrevemos seja o que for, sempre alguém irá buscar em uma palavra, uma frase que seja para elevar a própria alma e não para ficar mais desesperado ou triste do que já está. Então quando digo que quero deixar as marcas que afagam uma alma triste, a marca que traz a brisa e salpica à janela as gotas de orvalho para refrescar as tristezas da vida, não é que eu queira ser melhor que ninguém, isso o faço por mim mesma, são coisas que causam um bem imenso à minha alma. De amargura e de rancor, repito, basta o mundo lá fora, quero fazer o meu mundo um lugar encantado e maravilhoso de se viver. É gratificante semear o bem e espalhar a esperança, não só nas palavras, mas em atitudes.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 03/02/2021
Código do texto: T7175427
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