A importância do enxergar

Certa vez, em uma das minhas andanças pelas bandas de Guaxindiba, olhando para cima, avistei um gavião pousado no poste observando tudo ao seu redor. Ai de mim! Que calor! Só conseguia pensar em uma coisa, é curiosa a sensação de estar sendo observado; de fato, estava olhando para mim com todo seu esplendor e sagacidade que lhe é peculiar, ah! Talvez? Esteja caçando. As aves falconiformes caçam de dia. Realmente é uma ave imponente, linda e eu nunca vi uma de tão perto.

Estava fazendo uma ronda rotineira no parque industrial, checando possíveis alterações na área do complexo, e repentinamente! Me deparei com essa fenomenal imagem. Ufa! Pensei que fosse me dar mal desta vez, pensei que fosse atacar-me. Essa ave habita por essas bandas, as edificações fazem fronteira com a APA de Guapimirim: A área de proteção ambiental localizada no fundo da Baía de Guanabara e abrange os municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Guapimirim e Magé.

Segundo relatos das equipes que atuam diariamente na área, é comum ver animais circulando pelo local. Bem, eu já falei aqui outras vezes que estamos próximo do “habitat” desses animais. Sim! As aparições serão recorrentes e inevitáveis, na sua maioria são especes migratórias. Sem dúvida, estamos no território deles.

Então, ao longo do trajeto, são definidos pontos de checagem, em um desses locais encontrei um velho amigo que labora ali desde a época da inauguração. Claudinho, quanto tempo! Bom constatar que você está com saúde e trabalhando. Você — sempre tem alguma história bizarra ou engraçada para nos contar — são tantos acontecimentos, “posso imaginar”! Claudinho disse: — tem realmente acontecido diversas aparições por essas bandas, tirando os animais, estão falando que viram até fantasmas.

História dos fantasmas, muito interessante para ouvir no trajeto, Claudinho responde: — além disso, de madrugada estão escutando uns barulhos estranhos lá pelos fundos do armazém. Não sei se é verdade, mas parece que lá vive uma coruja muito grande que ataca. “Coruja gigante”, “imaginam”! Claudinho, já estamos nos aproximando do final do trajeto, ainda tenho que avançar para o outro complexo, na próxima oportunidade continuaremos com essa conversa cheia de histórias e novidades.

Sentir medo é normal, mas não pode ser paralisante, eu também tenho. Então, não fiquem com vergonha de expor isso, o medo é necessário, faz sentido. Pode ter significados diferentes de pessoa para pessoa, é normal.