Aquilo que é visível é efeito do invisível
Imaginemos que nossa vida é uma árvore e que os frutos são os nossos resultados. Pode ser que nem sempre estejamos satisfeitos com nossos resultados. Desse modo, acreditamos que o ideal é nos concentrarmos ainda mais nos resultados para melhorarmos. Contudo percebe-se que por esse caminho, por vezes, não haverá nenhuma ou pouca diferença. Ocorre que para que modifiquemos os frutos será necessário investir e trocar as raízes. E de maneira comparativa, isso se dá em todos os aspectos de nossa vida. Muitas vezes queremos transformar as coisas externas com fórmulas mágicas. Mas o que de fato irá alterar o efeito do desfecho é ação sobre nosso interior mental. A chave está dentro de cada um de nós. O que está embaixo da terra é que substituiu o que está sobre ela. A semente plantada poderá definitivamente decompor a colheita.
Por outro lado é comum observarmos que muitos de nós somos imediatistas e queremos tudo para ontem. E que esse método não funciona por muito tempo! Há de haver um processo para que o desenvolvimento seja duradouro e consistente. A velocidade das tecnologias atuais, por exemplo, contribuiu também para que nos tornássemos assim. Mas isso não é de hoje! Vale dizer que essa ânsia para ver as coisas num piscar de olhos também foi registrada no livro milenar bíblico, em João 20: 29, quando os apóstolos noticiam a Tomé que Jesus Cristo havia ressuscitado. Todavia Tomé demonstrou-se cético e disse que só acreditaria se visse e tocasse nas feridas de Jesus. Imediatamente o Cristo apareceu no meio deles e falou: “Tomé, você creu porque me viste! Bem aventurados os que creram sem nunca ter visto”! Jesus demonstra de forma evidente o valor e a inteligência de quem tem fé Nele sem precisar ver ou tocar.
Nessa compreensão observamos que o invisível cria o visível. Os valores, os princípios, os pensamentos se materializam em nossas atitudes e implicações alcançadas. E a fé se descreve no sentido de que é a certeza do que esperamos e a prova daquilo que não vemos, conforme está em Hebreus 11:1. Ainda assim para ilustrar tal raciocínio podemos nos lembrar da obra “O pequeno príncipe” em que o autor Atoine de Saint-exupéry nos instrui que “só se pode ver bem com os olhos do coração. O essencial é invisível aos olhos”. De certo que quem tem esperança, tem fé, tem crença em algo maior! Mas não se trata de uma esperança inerte e passiva! Mas sim da esperança do verbo esperançar que trata de ir atrás, construir, desenvolver e buscar algo melhor na direção certa e com ação contínua e inteligente. E o que mais temos a compreender é que toda ação gera uma reação ou uma consequência. As coisas não são como um passe de mágica de internet em que as situações parecem não ter início e nem fim e basta apenas o “upload” ou “download”. Ressalta-se que em tudo há uma causa e um efeito e que o desenvolvimento requer uma engrenagem, requer uma atenção coordenada e constante para que não haja mais solução de continuidade, mas sim resultados duradouros e exitosos ante a um planejamento profícuo e experimentado.