NOSSA HABITAÇÃO, SACRÁRIO INVIOLÁVEL.

Precisamos cuidar com desvelo de nossa cidade interior, o maior templo que habitamos, sem nenhum outro similar. Nele estão nossos valores cultuados e cultivados, acertados e burilados com cinzel dos avisados da grande escultura erigida na vida terrena, transcorrida a passagem pelos significativos nomes que nos deixaram o tesouro do conhecimento possível, desde a escolástica tanto quanto na patrística, como o todo que cresce para enriquecer nossa cidade interior.

Querer conhecer esse interior, não ficar indiferente. Se compreende e resta justificável estar lá o maior nome sinalizador da compreensão e da paz única, sem unicismo ou unitarismo, Jesus de Nazaré, a indicar o “amai o próximo como a si mesmo.”

Para viver na paz da “cidade interior”, a consciência do que somos em utilidade, necessitamos amar ao próximo. Se não nos amamos, pejoramos e desmerecemos nossa cidade interior, nosso “eu” e sua fenomenologia existencial ,vivemos, parecendo ou não, o metabolismo da agonia.

Há nessa estrada uma luz que pode ser achada com realidade e sem viés de margens apócrifas, verdadeiras e sutis, expectantes desse encontro necessário da realidade que afasta a hipótese para que não encene irrealidade do “não ser”. A hipocrisia de nossa “cidade interior” tem várias roupagens. É preciso estar atento, lapidar a “cidade interior”. É imperdoável aos sentidos diminuí-la, o homem de personalidade mínima preza-se, defende com força a verdade que traz , pois desdizê-la torna-se vulgar e traição da consciência, credenciando-a ao demérito. É sua ruína aos olhos do cosmos que vivifica. Nascemos para crescer, amar e ser amado.

O grande tribuno sacro Padre Vieira definindo as “Lágrimas de Heráclito” em carta ao Padre João Paulo Oliva, dizia: “Demócrito ria porque todas as coisas humanas lhe pareciam ignorâncias; Heráclito chorava, porque todas lhe pareciam misérias: logo razão maior tinha Heráclito de chorar, que Demócrito de rir, porque neste mundo há muitas misérias que são ignorâncias, e não há ignorância que não seja miséria”.

Não há maior maior gravame pessoal do que ser algoz de si mesmo, como o avaro que subtrai sua vida melhor, assim como o que se coloca em patamares de inferioridade. Amar a si mesmo é o refrão da Cristandade impositivo para que se ame ao próximo. Lágrimas são sangue da alma. E não as verte quem vive para amar o próximo como a si mesmo.

“Muitas das vezes a depreciação chega na porta de nossas vidas muito cedo, logo nos primeiros anos de nossa vida. Um sentimento de culpa na dificuldade de dizer NÃO, na dificuldade de colocar LIMITES, na dificuldade de colocar nosso VALOR E PREÇO” no mundo". Nossa honra e nosso interior não tem preço. O sentimento de depreciação está associado, está ligado à compaixão em nós mesmos e em nossa fragilidade de assumir o que somos e o que de fato queremos. Pois, ao assumir estes fatores, você tem medo de ser julgado, ser exposto e assim teme em colocar limites, em dizer alguns “nãos necessários”.

Na realidade, temos medo de sinalizar algo e isto se tornar uma arma para o outro, uma guerra. Mas como não existe causa sem efeito, inevitavelmente qualquer decisão que você tomar irá sempre gerar bem estar e mal estar, esta é a dualidade da vida. "Tudo tem um preço nesta vida, o preço o qual refiro são “valores”, valores estes que somente você pode sinalizar e não o outro.” SripadHadesh, Chiang Mai – Tailândia.

Entreguem a vida cotidiana – dormir, comer, trabalhar, passear – a Deus como se fosse uma oferta” (Romanos 12:1, AM).

Sofremos de visão fraca e extremista sobre nós mesmos. Excesso de amor e excesso de ódio por nós mesmos. Oscilamos de um lado para o outro. Promoções e rebaixamentos nos jogam para a frente e para trás. Um dia, estamos orgulhosos, no dia seguinte, duros demais. Nenhum dos dois é correto. A auto elevação e a auto depreciação são igualmente imprecisas. Onde está a verdade?

Bem no meio. Exatamente no meio do caminho entre posso fazer qualquer coisa e não posso fazer nada está o “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:13).

Nem onipotente, nem impotente. Nem herói do time, nem perna de pau. Nem cheio de si, nem inseguro, mas seguro em Deus – um valor próprio que se baseia em nossa identidade como filhos de Deus. A visão correta de si está no meio.

Toda vez que fazemos nosso melhor para agradecer a Deus o melhor que Deus nos fez, estamos adorando. A adoração coloca Deus no palco central e nós na postura correta.

"Ore comigo, agora: Senhor Deus, é tão fácil encher nosso coração tanto com narcisismo quanto com aversão à nós mesmos. Ajuda-nos a nos lembrar de que nenhum dos dois é correto. Que tenhamos a atitude mediana, aquela que afirma que podemos fazer todas as coisas através do Teu imenso poder. Tu és digno de nosso louvor. Em nome de Jesus, amém!"

Ter crítica de si próprio, necessário, avaliar adequadamente suas ações e, pensar sobre o os próximos passos é essencial para aperfeiçoar, melhorar a performance e, consequentemente, o resultado.

Existem regras sociais de comunicação com o outro, pense que para ter um melhor resultado na interlocução, você deve respeitar sua verdade e a dos outros.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/01/2021
Reeditado em 29/01/2021
Código do texto: T7171554
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