Coitada da Democracia!
Coitada da Democracia!
Acordei no meio da noite, desperto de um sonho em Gurinhatã-MG, num evento religioso e político. Olhei o teto e me ocorreu a ideia do quanto a humanidade é imatura e, em decorrência, suas instituições culturais, particularmente a democracia!
O conceito maturidade, emprestado da biologia, refere ao estágio último do desenvolvimento em que o organismo fica apto a interagir com o meio ambiente em condições satisfatórias.
Visto como processo, seu antônimo aqui utilizado, notadamente para a humanidade e as instituições, para mim, soa um tanto destoante. Maturidade como processo não é linear, nem absoluta. É mais ou menos assim: mulheres amadurecem mais rápido; homens que nunca amadurecem; crianças maduras como adultos; adultos que parecem crianças...
Voltemos à democracia.
Para não melindrar os amigos vou me referir como se fosse das terras do Trump.
O sistema democrático funciona, o tempo inteiro, como um bando de crianças em ebulição. Valentões, implicantes, birrentos, medrosos, egoístas, inconvenientes se digladiando pelo pedaço maior do bolo. Tamanho é o rebuliço, monumental a indecisão que a turba infantilizada, ora e ora, recorre à mamãe, buscando arbítrio auspicioso. A Corte Suprema, mãe superprotetora, descuidada, troca os pés pelas mãos... e a balburdia eterniza.
Coitada da democracia!