DECISÃO EQUIVOCADA
Quando o ex-deputado EDUARDO CUNHA foi preso, pediu para fazer delação premiada, porém esse artifício jurídico lhe foi negado.
Afinal tal delação envolveria as mais “altas autoridades” dos três poderes e, por conta disso, o pedido foi rejeitado pelos órgãos das últimas instâncias do judiciário para que os crimes dos bandidos graduados, ficassem nas sombras da mútua proteção oficial.
Com tempo de sobra para escrever e tranquilidade bastante para lembrar-se dos mínimos detalhes, tanto na penitenciária quanto agora, em domicílio graças à benevolência das nossas leis, Eduardo Cunha vai lançar o livro que contém todos os ingredientes para ser um tsunami, um Krakatoa, ou um Kilauea na vida dos políticos, com ou sem mandato, e nas das suas excelências togadas.
Com o sugestivo título – TCHAU QUERIDA – em mais de 750 páginas o ex-deputado vai disponibilizar para o mundo lusofônico, todos os crimes cometidos, que ele sabe e que pode provar, mas que continuariam no umbral da impunidade se a delação tivesse sido aceita, porque o processo tramitaria sob sigilo e, como num passe de mágica, em pouco tempo, sumiria de uma dessas gavetas misteriosas do sistema judiciário.
IMAGINE-SE O PÂNICO DOS ENVOLVIDOS E O GRAU DE ARREPENDIMENTO DOS QUE PODIAM AUTORIZAR, MAS NEGARAM A DELAÇÃO...