DEVOÇÃO E CONFIANÇA.

Difícil a construção da confiança, ela parte da dúvida e esquece o coração.

Sua natureza é sutil e enevoada, até à sedimentação que apascenta e satisfaz.

A confiança é entrega e a mente jamais confia, erige barreiras até a entrega. Ela brota do coração. A natureza da mente é dúvida, questionamento.

A confiança é um jogo, você diz confiar, mas isso se suas metas forem atingidas.

A fé em que mesmo que as coisas não aconteçam como você quis e permanece a confiança, é a real confiança.

Você continua, pois, a acreditar, ainda que cheguem as surpresas que contrariam a confiança depositada.

Ainda que diante das surpresas que te quebram as pernas na caminhada pavimentada pela confiança, ou seja, ocorre o que você não acreditava poder ocorrer, e perde a proteção, ainda assim você continua a confiar. Estamos diante sim da verdadeira confiança.

A confiança perdida se enlaça ao desespero por perder a proteção confiada.

O desespero vem da falsa confiança. A verdadeira confiança brota do coração e vem do mistério da vida, compreendido, do jogo e do ensinamento, que mesmo com a surpresa aflorada você diz tudo bem, está tudo certo, e continua com confiança, com fé. Não porque uma nuvem cobriu meu céu vou encerrar meu céu da confiança.

Quando você não está distante de si mesmo, quanto mais você vai ao espiritual, mais despreza sonhos materiais que são sempre destruídos pelas surpresas. A confiança nada mais é que a mudança de foco, onde você sai das nuvens e fica no céu. É como qualquer gota de água que vai ao oceano. Ele é o essencial. É assim com as devoções, as frivolidades e espaços materiais rasteiros ficam desprezíveis diante da verdadeira confiança. Pura, única e exclusiva força espiritual doada a poucos.

É preciso entrega, despojamento, assumir seus verdadeiros caminhos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/01/2021
Reeditado em 25/01/2021
Código do texto: T7168397
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