SAMPA NA ANTÍTESE DOS TAMBORES
Quando Caetano Veloso aqui chegou, como tantos chegariam de todos os lugares daqui e do mundo, ele sentiu alguma coisa acontecer no seu coração...
Então, a poesia autóctone da cidade lhe soou e se fez música dos seus íntimos sentimentos...
Nascia "Sampa", sua bela canção à já fundada São Paulo, lá atrás recém nascida no Páteo, aos 25 de Janeiro de de mil quinhentos e cinquenta e quatro, cidade que abraçaria o mundo com a promessa de dias melhores.
Muitos viriam conhecer o eternizado cruzamento da IPIRANGA com AVENIDA SÃO JOÃO para nele plantarem seus anseios.
O tempo passou e a diversidade humana e cultural fez dessa cidade um lugar irreprodutivel, uma megalópole singular, ímpar única.
Onde o amor e a dor fariam rima pobre e forte na antítese dos nossos corações.
Assim, outras esquinas seriam poetizadas pela vida da cidade, como a da Ladeira Porto Geral a desaguar as mercadorias do mundo na agitada Vinte e cinco de Março, ali, onde todo o sonho de consumo de diversas classes sociais se revelariam no comércio de badulaques do..." de um tudo".
Todavia, tempo decorrido, embora alguns sonhos subiram aos céus rapidamente, nunca tocaram o verdadeiro paraíso sonhado.
A História mais FIDEDIGNA é, não aquela que se lê no poema do imaginário das dores, mas sim aquela que se escreve sob os corredores dos nossos olhos.
É ver...para crer na verdadeira autoria do poema...
E para poder entendê-lo.
Parabéns Sampa.
Vou lhe dizer uma frase feita mas sonorizada pelo tambor do peito: " eu te amo".
E como sempre digo : você faz acontecer muitas coisas nos nossos corações, dentro desse emaranhado de tambores, de tantos e diversos batuques acelerados pelos sentimentos que sempre insistem em acreditar...e ainda a batucar os mais belos anseios por dignidade humana.