As impressões do leitor importam
Não é recomendável ignorar os sentimentos para agradar alguém sem senso de humildade, sem espírito esportivo ou com excesso de confiança. O estrelismo exacerbado também é um buraco negro, uma hora você se perde nele. Uma pessoa arrogante, pedante e repleta de si, nunca atravessou o espelho, sua linguagem é de reserva de mercado.
E ser fã do que produz é vaidade de Narciso. Quando se produz alguma coisa, é mais para o consumo externo, e nem sempre será palatável. No caso de um texto, o autor teve uma motivação pessoal para escrevê-lo, e o leitor não é obrigado a decifrar. Nem se pudesse! O pensamento humano é criptografado, muitas vezes, dúbio.
Só o criador conhece a sua criatura. Nesse caso, não seria refinado rasgar o verbo, nem refutar as impressões analíticas. O leitor é um indicador de satisfação e tem o direito de gostar ou não. Diferente de críticas destrutivas e liderança negativa. As titulações, experiências e desenvoltura não são sinônimo de sucesso.
Nem mesmo um PHD em letras ganha a simpatia do leitor. Tudo é tão relativo e abstrato. É preciso um olhar sensível, dinâmico e simples para conquistar a preferência do público. Norma culta e formalidade desenfreada não quer dizer nada. Há espaço e tempo. Nesse mundo volátil, com pessoas mimadas, competições acirradas e mudança no comportamento do consumidor, o cliente terá sempre razão. E, quem perde fã, não ganha ibope.