Relendo uma crônica da escritora Adélia Prado, intitulada Erótica é a alma, veio-me à memória de quando eu criança, e de como gostava de ficar sem roupa dentro de casa, pois nua me sentia livre, leve e solta.
Fui crescendo e, na adolescência, gostava de me olhar nua no espelho para acompanhar as transformações do meu corpo e, a cada mudança, aumentava o meu desejo de individualidade, a liberdade de pensar e mover-me rumo ao encontro daquilo que eu queria ser.
Com o passar dos anos, já na fase adulta, continuei a cultivar o hábito de me olhar no espelho e conversar comigo mesma, como se fosse uma terapia. Gostava de contar os meus segredos, verbalizar meus sonhos, sorrir dos desatinos cometidos por imprudência, fazer cara feia para o que via e não gostava, como por exemplo, a falsidade, um comportamento que ainda me incomoda.
E assim fui cada vez mais cultivando o hábito de me despir de preconceitos e das amarras sociais, pois só me sentindo livre é que pude conquistar a confiança e a segurança necessárias para uma vida em equilíbrio, sem mágoas ou queixumes.
É certo que, na maturidade, o espelho me mostra que não tenho mais o mesmo viço na pele, o volume dos cabelos e o vigor físico para as corridas em busca de sucesso, no entanto, a nudez da minh’alma me permite continuar a ter fantasias – e tentar realizá-las –, com erotismo, principalmente por meio da produção literária, uma experiência nova.
Fui crescendo e, na adolescência, gostava de me olhar nua no espelho para acompanhar as transformações do meu corpo e, a cada mudança, aumentava o meu desejo de individualidade, a liberdade de pensar e mover-me rumo ao encontro daquilo que eu queria ser.
Com o passar dos anos, já na fase adulta, continuei a cultivar o hábito de me olhar no espelho e conversar comigo mesma, como se fosse uma terapia. Gostava de contar os meus segredos, verbalizar meus sonhos, sorrir dos desatinos cometidos por imprudência, fazer cara feia para o que via e não gostava, como por exemplo, a falsidade, um comportamento que ainda me incomoda.
E assim fui cada vez mais cultivando o hábito de me despir de preconceitos e das amarras sociais, pois só me sentindo livre é que pude conquistar a confiança e a segurança necessárias para uma vida em equilíbrio, sem mágoas ou queixumes.
É certo que, na maturidade, o espelho me mostra que não tenho mais o mesmo viço na pele, o volume dos cabelos e o vigor físico para as corridas em busca de sucesso, no entanto, a nudez da minh’alma me permite continuar a ter fantasias – e tentar realizá-las –, com erotismo, principalmente por meio da produção literária, uma experiência nova.
Iêda Chaves Freitas