RESPEITO. ENGANO. DESENGANO.
Respeito os acreditados, os desacreditados, os acreditados que se enganaram, os desenganados que sofreram por acreditarem e os que não mais respiram, pois se foram. Respeito os inconscientes de consciência nem bota nem larga, andante na sobrevivência, nem farta nem timida. Respeito a trave do olho, a lupa que não aproxima, a visão sem voos de águia, reduzida e acanhada na visibilidade distinguindo uma árvore sem ver a floresta. Respeito a concessão da natureza que deu muito a poucos e nada a muitos, respeito não para ser respeitado, senão meu respeito não seria respeitável, não respeito por obséquio, mas por civilidade, não quero loas, nem atavios ou ornatos, somente não queiram me convencer a ficar aquém das barreiras que ultrapassei e dos espaços que transito. Só sei que o nada sei universal não oferece nada mais que as mesmas ausências, sem concessões ou respostas que só meu interior pode aclarar. Quem tem algo a ensinar?