Segundo do New York Times há sessenta e oito vacinas em desenvolvimento e que estão sendo testadas em humanos, incluindo as que já estão em uso e, pelo menos outras noventa que ainda estão em fase de experimentos em animais.
A respeito dos testes, a priori, os laboratórios realizam experiências com animais, verificando se vacina tem efeitos colaterais e se, após injetarem o vírus funcionam. Caso dê tudo certo, começam as fases de testes em humanos.

A primeira fase realizada com pequeno grupo de adultos saudáveis analisa se a vacina é segura. A segunda fase, com centenas de pessoas, incluindo os integrantes de grupos de risco, aprofunda a análise da  segurança e já começa a verificar a eficácia. Finalmente, a terceira fase que pega um universo de milheres de pessoas dos mais variados grupos para testar a eficácia em condições normais.

Apenas com o sucesso da terceira fase, é que uma vacina poderá obter a autorização de uso emergencial e, mesmo registro definitivo. Embora, ainda exista a quarta fase, onde há a análise do resultado de um amplo programa de vacinação ao longo dos anos. Somente depois da quarta fase, é que se pode de fato saber, se a imunidade da vacina é permanente ou não.

Cogitam alguns estudiosos que o desenvolvimento das vacinas fora apressado. Mas, não é verdadem ocorreu uma aceleração. Pois em geral, leva anos para normalmente se desenvolver uma vacina, de sorte que as fases acontecem em sequência com tempo mais prolongado e, os trabalhos de infraeestrutura e fabricação começando quase no mesmo momento da aprovação.

No entanto, com a extrema gravidade da pandemia exigiu que as adaptações nesses processos, com as fases um e dois acontecendo quase que simultaneamente, a infraestrutura foi montade desde os testes com animais e a fabricação aconteceu em plena terceira fase. Segundo a Organização Mundial da Saúde, todos os proteocolos de segurança foram regiamente obedecidos e, portanto, a rapidez não compromete a eficácia da vacina.

A vacina procura fazer com que o organismo produza anticorpos contra a doença, as vacinas o fazem por métodos diferentes. As duas vacinas que estão ora em análise pela Anvisa, por exemplo, utilizam forma diversa o mesmo princípio, ou seja, o de injetar o vírus no corpo para que este desenvolva anticorpos(defesa). Mas, quando se afirma "injetar o vírus", não se trata de pegar Sars-Cov-2 em toda sua força e colocá-la no organismo do indivíduo.

A propósito, a Coronavac utiliza o mais comum sistema, que é a do vírus inativo. O laboratório cultiva uma grande quantidade de vírus, e depois por meios físicos e químicos, o torna incapaz de transmitir a doença, o mata, por assim dizer. E, mesmo assim, quando o vírus é injetado no corpo, nosso sistema imunológico o reconhece como ameaça e pasas a criar defesas. A mesmas técnica é usada na vacina indiana Bharat Biotech, que as empresas brasileiras querem comprar.

A maior vantagen dessa técnica são que esta modalidade de vacina já fora amplamente testada em outros imunizantes, sendo inofensiva para pacientes com problemas no sistema imunológico. E, por outro viés, são necessárias mais doses para garantir plena imunidade.

A vacina Oxford e AstraZeneca utiliza vetor viral, ou seja, o vírus vivo. E, no caso um adenovírus, que prova, a chamada "gripezinha". O adenovírus recebe uma informação genética do Cov-Sars-2, geralmente da membrana que o envolve, sendo injetado no organismo. Nosso corpo começa então a reagir à informação do coronavírus e desenvolve os anticorposo antes que este possa agir.

Para tornar o processo mais seguro a AstraZeneca utilizou adenovírus de macacos, dificultando ao vírus se adaptar ao novo hospedeiro. Essa técnica permite uma imunidade mais duradoura. No etanto, as pessoas imunocomprometidas correm o risco de não desenvolverem os anticorpos a tempo e podem acabar contaminadas por eventual reativação do vírus.

O armazenamento desses tipos de modelos de vacinas requer temperaturas entre dois graus celsius negativos a oito graus celsius negativos, que são obtidas por equipamentos convencionais específicos. 

Os norte-americanos e britânicos estão tomando os imunizantes da Pfizer e BionTech e da Moderna feito com técnica recente e radicalmente diferente, a imunização gênica. Pois nesse caso, os cientistas injutam no organismo o código genético do vírus para que nosso RNA, a macromolécula que transmite as informações genéticas do DNA, o inclua em nossas céludas. Desta forma, o próprio organismo cria a proteína do Sars-Cov-2. sem o vírus, e aciona o sistema imunológico humano.

As vacinas gênicas por requerer a cultura em grandes quantidades de vírus em laboratório e sua inativação ou atenuação, possuem  um custo menor e podem ser produzidas mais celeremente. E, seu maior problema é que exigem temperaturas baixíssimas tal como setenta graus celsius negativos, o que arma um grande problema logístico para o transporte e armazenamento.

A vacina gênica é técnica nova e está sendo usada pela primeira vez em vacinação humana e, já foi alvo dos mais descabidos boatos, inclusive aquele que alega que isto alteraria o DNA humano. Podendo até o transformar em jacaré.

Um dos termos que escapam a compreensão dos leigos quanto as vacinas, relaciona-se a eficácia global que é interpretado como saber se a vacina funciona. Primeiramente cumpre entender como se calcula a eficácia de uma vacina.  

Durante os testes com pessoas, a metade dos voluntários recebe a vacina de verdade e a outra metade um placebo, uma substância sem qualquer efeito – e espera-se para ver quem fica doente. É estabelecido um número x de infecções, e, quando ele é atingido, compara-se a quantidade de casos nos dois grupos. A eficácia global é a diferença percentual entre os casos nos que tomaram a vacina e nos que tomaram o placebo.

O anúncio de que a CoronaVac tinha eficácia global de 50,38% provocou surpresa e até deboche. Para os leigos, parecia que só metade dos vacinados desenvolvia anticorpos. Não é isso.

Todos desenvolvem, mas a eficácia varia. A vacina é 78% eficaz nos casos moderados da doença, quando é necessária internação, e 100% eficaz nos casos graves, nos quais o paciente precisa ser intubado.


Todas as vacinas que já estão em uso requerem ao menos duas doses para garantia de imunidade. Entretanto, estamos em uma situação de calamidade global.

Diversos países, incluindo Reino Unido, onde a vacinação já está em andamento, e Brasil, onde não sabemos quando começará, estudam atrasar a segunda dose de forma a aplicar a primeira no maior número possível de pessoas.

A OMS admite que o intervalo entre as doses possa chegar a seis semanas em situações extremas, mas diz que o ideal é que a segunda seja aplicada entre três e quatro semanas após a primeira.

As vacinas já desenvolvidas são eficazes mesmo para a nova cepa do coronavírus que se revela mais contagioso.

Hoje, no dia 17.1.2021 foram aprovadas duas vacinas a Coronvac e a de Oxford para uso emergência pela Anvisa mediante consentimento expresso dos que tomarem a vacina. Só espero que tal formalidade não vá desestimular as pessoas de se imunizarem contra esse terrível virus.

Todas essas informações são úteis e tranquilizadoras sobre as vindouras vacinas contra o coronavírus.


Referências:

PIMENTEL, Leonardo. Edição especial: o que sabemos sobre as vacinas... até agora. Canal do Meio. Disponível em: https://premium.canalmeio.com.br/edicao/112833/  Acesso em 16.1.2021.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 17/01/2021
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