CAVALOS E CAVALGADAS
Ouvindo um relato, onde a pessoa dizia que uma amiga sua, sem nenhuma experiência, montou em um cavalo pensando em cavalgar e quase se deu muito mal, pois o cavalo saiu em disparada e ela não sabia como controlá-lo.
Às vezes a pessoa monta em cavalos de cidades turísticas, que invariavelmente são pangarés preguiçosos que andam devagar e a custa de muito esforço do cavaleiro e passa a achar que sabe cavalgar.
Acreditando nisso, pode sofrer um acidente feio se montar um cavalo esperto. Se for cavalo muito bem treinado é mais perigoso ainda, pois ele é sensível ao menor dos movimentos do cavaleiro. Um simples encostar do calcanhar em sua barriga ele sai a galope. Uma puxada mais forte na rédea ele empina pra trás. Todo movimento do cavaleiro o cavalo obedece.
Exige muito conhecimento e sensibilidade de quem está cavalgando.
Até aos onze anos lidei diariamente com um cavalo dócil e manso, mas montei e caí de outros cavalos mais arredios, aprendi a cavalgar e a reconhecer as diferenças das montarias.
Certa vez, em uma viagem, tive a oportunidade de montar um Cavalo de Passo Peruano.
Depois de um espetáculo de dança entre um casal e o cavalo, era permitido aos turistas montarem naquele cavalo, mas sempre com o treinador conduzindo segurando á rédea.
Montei e depois de muita insistência minha ele soltou a rédea e o cavalo ficou sob o meu comando. De imediato percebi que o cavalo parecia uma “Ferrari”, obedecia fielmente ao mínimo movimento que eu fazia. Consegui dar uma boa volta, mas foi como se eu estivesse caminhando sobre ovos.