Jornalismo Imparcial
O escritor Ariano Suassuna, com seu jeito brincalhão, seu bom humor, dizia que "o escritor podia mentir, o jornalista não". Isto, naturalmente, em sua própria defesa, visto que nas suas ficções havia criatividade e invenções para todos os gostos. Seus personagens João Grilo e Chicó, do Auto da Compadecida, confirmam o que diz o próprio autor, sobre as inverdades.
Entretanto, o jornalista deve ater-se aos fatos, relatando-os fielmente como ocorreram, a fim de permitir a credibilidade do seu jornal. Mas, por alguma tendência política, nem sempre ocorre a imparcialidade. Por isso, até mesmo um renomado jornalista chegou a dizer que "em obediência ao patrão", ou seja, à Diretoria, o jornalista sai dos trilhos. Isto pra não repetir as palavras do saudoso escritor.
O bordão de Nelson Rubens, "eu aumento mas não invento" confirmava que o fato original não era dele, eximindo-se de qualquer culpa. Mas aquele que "mete a lenha" no seu opositor, sem nenhum embasamento, será que está sendo imparcial?
O leitor que tire as suas conclusões.