Tetas na cam
Pode vir quente que eu to fervendo

A primeira crônica "Tetas na cam" tinha este título mais para atrair a atenção, mas falava de coisas do dia-a dia de uma mulher, porém este não!

Aqui vou falar sobre preconceito e consciência.
Pelo dicionário Houaiss, preconceito é:
 
1- Opinião ou sentimento preconcebido
2- Formado sem suficiente conhecimento
 
Eu tenho página na Net. Ela é feita com muito amor e afinco. Tenho absoluta consciência de fazer um bom trabalho - muitas vezes admirado, muitas vezes invejado.
 
Pessoas com índole má se escondem atrás de telinhas de computador e o hobby delas é agredir os outros, inclusive a mim. Só conseguem uma coisa com isso: me fazer crescer.
 
Não sou nenhuma das sete maravilhas do mundo, mas sei muito bem que se perguntam como uma mulher bonita pode escrever tão bem e ser tão admirada pela sua cabeça e não só pela bunda... É engraçado que as belas e as feias nisso se combinam - as duas sentem inveja de outra mulher.
 
Quero dizer que eu detesto qualquer tipo de futilidade. Acho bonito quem se cuida, principalmente pela saúde física, mas só por este motivo mesmo.
 
Eu trabalhei com grandes queimados e, talvez, depois disso, eu sempre lembre deles quando eu enxergo uma mulher fútil, superficial à minha frente. Sempre penso que o fogo pode derreter esta beleza em cinco minutos.
 
Se quiserem me criticar, pelo menos, leiam até o final o que vou falar aqui.
 
Minoria é todo indivíduo discriminado. Ser minoria é ser diferente dos demais. O negro é maioria em população no nosso País, mas, até hoje, é considerado minoria racial. Até o termo é pejorativo...
 
Pois bem. Eu tenho um irmão preto. Nós vivemos a infância e adolescência juntos. Eu sei o quanto um negro (ou preto, tanto faz) tem que fazer de "um tudo" para não ser discriminado. Preto tem que ser mais limpo, mais cheiroso, se vestir bem, falar legal, se comportar melhor que o branco, verde e amarelo... Se preto faz algo errado, ele fez crioulada. Se ele age com elegância e carinho, dizem que ele tem alma de branco. Lindo isso...
 
E mulher feia? Nem todo mundo nasce lindo, né? A vantagem é que a maioria de mulheres feias que eu conheço desenvolvem suas habilidades intelectuais e sexuais de tal forma que bota uma bela no chinelo.
 
Não podemos dizer que a mulher feia seja minoria. Acho, até, que a bonita se destaca por esta razão - ser diferente. Mas, da mesma forma que o preto, a feia tem que fazer de "um tudo" para ser admirada e respeitada.
 
O problema é a feia antipática. Esta daí não tem lugar no espaço. Ela está fadada a viver na escuridão. Mulher feia antipática é um Ó!
 
As gordinhas sabem disso. Quando alguém fala de sua gordura, lá vem o célebre elogio: gordinha simpática. É como se dissessem: "Ela é gorda, MAS é simpática".
 
É muito comum ver MULHERES E HOMENS se escondendo atrás de uma tela de computador para poderem viver sexualmente, socialmente e sentimentalmente coisas que não teriam condições de viver na real. Acho que estas pessoas possuem uma autocrítica tão ruim, que não conseguem se gostar, e, portanto, não têm a menor experiência no que diz respeito a relacionamento humano e troca de amor, respeito e amizade.
 
A minoria é considerada diferente. Diferente do quê??? Qual é o parâmetro de comparação? Num estudo multicêntrico randomizado, de anos de estudo em minha vida, eu afirmo: O feio é bonito aos olhos de quem o ama. O problema é ter quem o ame...
 
Feio não pode ser antipático. Feio não pode ser anti-social. Feio não tem vez se colocar seus complexos à tona. Ele tem que engolir a feiúra e se achar lindo, senão não vai colar. Só que o feio tem que se achar lindo SOCIALMENTE, e não, MASCARADO.
 
A coisa feia está por dentro, amigos. É feio aquele que ludibria, aquele que mente, aquele que deturpa, difama, aquele que quer o mal dos outros. Este é o feio que tem a alma negra. Conheço muitas pessoas, independente da cor e da aparência, que são muito, mas muito feias...
 
Agora vou falar de consciência:
 
1- Estágio da vida mental percebido pelo indivíduo
2- Conhecimento, discernimento
3- Estado de quem pode responder por seus atos
4- Autoconhecimento, consciencioso
 
O item I fala em Medicina. Aquele que se identifica no mundo e sabe de sua existência, está consciente. Ele está auto, halo e cronologicamente orientado.
 
Na minha vida eu digo: Eu estou num estágio da vida que eu sei o que eu sou. Posso não saber onde vou chegar ou o que eu realmente quero, mas sei o que não quero e o que faz mal pra mim. Certas pessoas me trazem o mal, principalmente no plano espiritual. Destas pessoas eu quero distância.
 
O item II fala em discernimento. Eu conheço bem o que desejam de mim ou quem gosta de mim e me quer bem, quem quer ser amigo e ajudar. Outros, eu apenas finjo que estão ao meu lado. Não afetam em nada; tenho até pena deles.

Acho que na vida de todo mundo a gente vê pessoas que não deveriam nem ter nascido, por não fazerem a menor diferença no mundo e servirem apenas para gastar o oxigênio que está faltando no Globo Terrestre. Mas, como são seres humanos, a gente releva, né?
 
Item III: Estágio de quem pode responder por seus atos. Esta sou eu "cuspida e escarrada"... É como dizia Alberto Roberto, uma personagem de Chico Anízio: "Eu sou mais eu. Eu me amo!".
 
Eu construí uma vida, a minha vida, baseada na solidez da ética e da honestidade. O que não sei, não escondo. O que sei, eu defendo até a minha última gota de sangue. Estou numa etapa da vida que não é qualquer bunda mole que vai detonar uma história escrita com sofrimentos, muito amor e dignidade.
 
Item IV: Autoconhecimento, consciencioso. Não é redundância. Aqui deixei por último de propósito.
 
Sei o que é ser consciencioso. Posso ter muitos erros na vida pessoal, mas na minha profissão eu sou muito boa no que tange a relação médico-paciente e à minha atuação técnica e intelectual.

Na minha vida pessoal tenho absoluta certeza de estar sempre tentando galgar mais um degrau do bem. Posso ter inimigos, mas, certamente, se sentem inferiores a mim.

Antes de saberem quem eu sou, eu sei quem eu sou. Posso ter o nariz em pé em qualquer lugar e me orgulhar das coisas que eu já realizei.

O texto pode parecer para a maioria desconexo, eu sei, mas para quem ele foi escrito, vai um recadinho básico:

Desdigo Mário Quintana. Eu não sou passarinho. Sou águia, voo mais alto e você passará.

Leila Marinho Lage
Rio, outubro de 2007
 
 
 
 
 
 
 
 
Leila Marinho Lage
Enviado por Leila Marinho Lage em 30/10/2007
Reeditado em 08/12/2007
Código do texto: T715777
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