Algumas pessoas ao nosso redor, tem o que podemos chamar de “síndrome de Procusto”. Muitas vezes, nem mesmo o melhor amigo, pode escapar da sua ação.

Na minha percepção, um dos piores sentimentos que a pessoa pode nutrir no seu coração, é a inveja. Tudo o que há de ruim quanto à fofoca, vem do sentimento de inveja. É a fofoca é veneno mortal. A inveja é aquele sentimento em que a pessoa tem que matar alguém, para ser feliz. O invejoso vive dentro de um casulo que nunca vai mudar de estágio. Trata-se daquela confusão mental, que faz com que o mundo todo ao seu redor se torne feio, e para isso, precisa de uma maquiagem. Vive usando, portanto, máscaras. E, por sinal, máscaras feias, que mantém estéreis tudo aquilo que há entre o coração e o cérebro. De um lado, o invejoso vive como um ser inferior, de outro lado, vive elencando todos os motivos pelos quais não pode mudar os seus pensamentos. Ele não aceita ser superado em alguma coisa, e assim, vive muitas vezes, chorando como uma criança que teve o seu brinquedo comparado com o brinquedo do amiguinho, que é mais novo, e mais bonito. Eu gosto de dizer, que o invejoso tem a síndrome de Procusto. Assim, podemos, muitas vezes, entender a sua conduta, frente às demais pessoas que o cercam.

Mas, o que é a síndrome de Procusto? Na mitologia grega, temos esse mito pouco conhecido, mas que não deixa de trazer uma profunda reflexão sobre o dia a dia de muitas pessoas com as quais convivemos. Principalmente aquelas que são invejosas, e que não se alegram com a vitória dos seus pares.

A síndrome de Procusto faz referência às pessoas que não hesitam em discriminar e até mesmo em perseguir quem é superior a elas em talento e habilidades. São pessoas que não progridem e nem deixam os outros progredirem, com perfis frustrados ou autoestimas muito frágeis, e que estão presentes em muitos ambientes do nosso dia a dia. Procusto vivia nas colinas de Ática, em Atenas. Ele, muito solícito, convidava as pessoas que chegavam à vila para sua casa, onde tinha uma cama de ferro exatamente do seu tamanho. Procusto tinha, obviamente um distúrbio, que o levava a um critério. Ele não aceitava que alguém fosse superior a si, mas não examinava as pessoas com preceitos normais. E enquanto as pessoas dormiam, ele as amarrava, e, se a pessoa fosse menor do que a cama, a esticava até que seus ossos fossem quebrados, o que lhes causava a morte. E, se fosse maior que a cama, cortava-lhe os pés ou a cabeça. No segundo caso, se a pessoa fosse mais sábia do que ele, teria a cabeça cortada, ao invés dos pés. Ele, secretamente, possuía ainda, uma outra cama, assim, ninguém jamais escapava. O seu reinado de terror, durou até que este foi capturado pelo herói Teseu, que segundo a mitologia, lhe aplicou o mesmo castigo, cortando-lhe os pés e a cabeça, após tê-lo amarrado à sua cama.

Se a pessoa não se alegra com a vitória das pessoas que estão ao seu redor, nem mesmo com o sucesso do seu melhor amigo, é provável que acabe matando o que há de bom dentro de si. Vai acabar se isolando, e boicotando toda ideia da qual não participe. Vai sempre se sentir insegura, não se encaixando em nenhum propósito, o que vai levá-la sempre à frustração. O que vai trazer prejuízo a si mesma, por não permitir que outras pessoas possam superá-la. Conclusão, vai viver sempre insegura e com medo de tudo, seguindo rumo ao fracasso.

Por isso, temos que ajudar as pessoas que estão ao nosso redor, a lidar com as próprias emoções. E conduzi-las a uma solução para que se livrem da inveja, e do sentimento de ameaça do medo de se sentir inferior em frente a alguém que julgue mais capacitado.

Jorge antonio Amaral
Enviado por Jorge antonio Amaral em 11/01/2021
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