EM HISTÓRIA NÃO SE MEXE
*Nadir Silveira Dias
As pessoas não entendem mesmo, mas sempre lhes sobra o que elas querem para mim. De bom, o bom! De mal, o mal!
Interrompemos a nossa programação para transmitir esta Nota de Falecimento. Noticiamos o falecimento múltiplo de algumas virtudes indispensáveis à vida.
Faleceu o Caráter. Faleceu a Honradez. Faleceu a Decência. Faleceu a Disciplina. Faleceu a própria Virtude. Faleceu a Verdade.
Faleceu a Eficácia. Faleceu a Eficiência. Houve ainda muitos outros falecimentos a noticiar em momentos posteriores.
As mortes não foram abruptas, mas dissimuladas e generalizadas, ao menos em parte.
Diante de quadro tão caótico cremos, no entanto, que a humanidade conseguirá se reabilitar com as que sobram, caso novos surtos não ocorram.
Deus e todos os santos sempre nos ajudam, sim! Mas nenhum deles vai trabalhar por nós. Quem possa disso duvidar, tome tento e trabalhe! Ou sucumba!
Deus, por exemplo, além de nós mesmos, criou para nós tudo o que existe! Você acha pouco?
Revisionismo histórico é uma falácia. Em história não se mexe. Não sem histórico bastante e maior para, de fato e de direito, alterar o que está dito e escrito sobre o tema.
E dessa situação não se tem consistente notícia. História existe exatamente para que dela se diga o que se queira dizer em qualquer tempo ou era. E sem a pretendida, falsa e equivocada opinião de quem não esteve na época ou na época mais próxima dos fatos.
Portanto, sem qualquer possibilidade real de alteração dos registros existentes. Mesmo que, como se diz, a história é feita pelos vencedores, não pelos vencidos. E todos tem a possibilidade de serem vencedores.
Se foram vencidos ou vencedores, isso é a história! Não dá para torcer os fatos no futuro ao sabor dos próprios interesses.
Este é o artigo Curtas Contemporâneas VIII, aqui com título próprio, pela sua abrangência.
* Filósofo, Jornalista e Pensador