O MAR REVOLTO E O BRINQUINHO DA PRINCESA

O sol de verão, de 23 outubro, era um convite para um delicioso banho de mar.

A princesinha Valentina, já cansada de ficar em casa por conta da Pandemia do Corona Vírus, combinou com as coleguinhas um delicioso banho de mar, na praia de Aruana.

A tarde foi maravilhosa. Brincaram bastante, enfrentaram as ondas do mar, mas qual não foi a surpresa para Valentina, quando notou que um de seus brinquinhos de ouro não estava mais em sua orelha!

O papai e a mamãe procuraram, procuraram, mas nada encontraram.

Nos dias que se seguiram, os vovós, que habitualmente caminhavam naquela praia, não deixavam de olhar as areias e a água na esperança de encontrarem o brinquinho da neta.

A avó passou a catar conchinhas marinhas, como uma distração, mas sem dúvidas no intuito de encontrar a pequena joia perdida na praia.

A partir daquela reiterada busca, para eles, a praia de “Aruana” passou a ter o doce apelido de “Praia do Brinquinho da Princesa”.

Passaram-se dias, semanas, meses, mas como habitualmente caminhavam ali, sempre era dia de olhar a imensa extensão de areia e as águas que a margeiam, brincando de achar o brinquinho.

As festas de final de ano passaram, as praias ficaram mais vazias, e eles retornaram sua rotina de caminhadas, não deixando de olhar, sempre no intuito de encontrar o pequeno brinco da netinha.

Finalmente, quase três meses depois da joia perdida, no dia 07 de janeiro, dia que sucede a Festa da Epifania, numa lembrança da estrela que orientou os Reis Magos, uma pequena estrela brilha nas areias da praia, e logo o vovô pensou na pequena joia da neta. O que parecia impossível, se tornou realidade aos olhos do vovô, que encantado vibrou de alegria e emoção, era o” brinquinho de ouro da princesa”.

Antonia Roza

07/01/2021