Melchior, Gaspar
e Baltazar
1. Nos últimos natais, ela tem diminuído de tamanho. Mas já foi uma árvore de Natal tão grande que tomava boa parte da minha sala de visita e encantava os amigos que me visitavam para me desejar "Boas Festas!", extensivo à família.
2. Não que eu tenha desistido de armar uma árvore grande como as anteriores.
Meus cabelos embranqueceram, o grau dos óculos aumumentou, o medo de escadas cresceu, e, tudo isso, obrigou-me a instalar uma árvore natalina do tamanho de minha idade.
3. O presépio, este, não, continua o mesmo e do mesmo tamanho há mais de quarent'anos, graças aos esforços e a ostensiva religiosidade de Ivone. Ela não desiste dele, faça chuva, faça sol.
Pode faltar tudo na Noite Santa, menos o Menino, na sua majedoura, vigiado por Maria e José, seus pais, e recebendo a visita dos três Reis Magos, Melchior, Baltasar e Gaspar, com seus presentes: ouro, incenso e mirra.
4. Me propus, nesta crônica, a fazer uma pequena homenagem aos Magos, assim a Bíblia os chama. Não os chama de Reis, sabiam?
A visita deles não se deu apenas para ninar o Menino Jesus e presenteá-lo. Sua importância e significado são ressaltados pelo Teólogo Joseph Ratizinguer, o ex-papa Bento XVI, no seu belíssimo livro "A Infância de Jesus", cujo texto, mais adiante, o querido leitor lerá.
5. Em torno dos três Magos há fatos que, vez em quando, vale a pena relembrá-los. Peço a atenção do meu dileto leitor para alguns deles. Muitos, creio, conhecidos por quem ler a Bíblia, um costume que cresce a cada dia.
Antes, só os Evangélicos portavam, com muito respeito, uma Biblia; hoje, já se vê até (?) Católicos carregando o Novo e o Antigo Testamento pra cima e pra baixo.
6. Vamos começar. É do seu conhecimento que, dos quatro Evangelistas, Mateus é o único a escrever sobre os Reis Magos? Consulte Mt 2: 1-12 do Novo Testamento, claro. Neste capítulo e seus versículos tereis meu caro uma reportagem completa sobre a visita de Melchior, Gaspar e Baltazar à gruta de Belém, na realidade, um estábulo.
7. A verdadeira identidade profissional dos Magos nunca foi definitivamente reconhecida. Para uns biblistas, eles eram astrônomos ou astrólogos. Para outros, eles eram reis (da Pérsia? da Arábia? da Índia?); magnatas, sacerdotes ou simplesmente três sábios.
Não se conhece a cidade de origem de cada Mago, sabendo-se, apenas, que eles eram do Oriente. Que chegaram ao estábulo vindos das bandas do Oriente, guiados por uma brilhante estrela, a "estrela de Belém".
8. Os Livros sagrados também não informam quando, como e onde os Reis Magos morreram. Sabe-se, porém, que seus ossos estão enterrados, como relíquias, na Catedral de Colônia, Alemanha, que tive o privilégio de conhecer. Mas não se tem notícias da canonização dos três. Seriam bem-aventurados. Embora, sejam tmbém reverenciados como "Os santos Reis".
Não visitei o mausoléu dos três Reis porque o guia não me levou até ele. Esqueceu ou nem sabia que naquela bela catedral repousavam os restos mortais de Melchior, Gaspar e Baltasar.
9. Distinto leitor, deixei para ocupar este espaço, dando-lhe destaque, o que disse o ex-papa Bento XVI sobre a visita dos Reis Magos ao presépio do Bambino, assim São Francisco de Assis chamava o Menino Divino. Trancrevo na íntegra. "O pensamento decisivo que nos fica é este: os sábios do Oriente constituem um início, representam o encaminhar-se da humanidade para Cristo, inauguram uma procissão que percorre a história inteira. Não representam apenas as pessoas que encontram o caminho até Cristo, mas também a expectativa interior do espírito humano, o momento das religiões e da razão humana ao encontro de Cristo". É a interpretação de um Teólogo.
10. Porque é uma homenagem, enriqueço esta página natalina com os versos de Olavo Bilac (1865-1918), o "poeta das estrelas", sobre os Magos do Oriente:
"Diz a Sagrada Escritura
Que quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.
Estrela nova... brilhava
Mais dos que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.
Avistando-a, os Três Reis Magos
Disseram: "Nasceu Jesus!"
Olhavam-na com afagos
Seguiram a sua luz.
11. E na companhia de um poeta e de um Teólogo, um dos maiores do mundo, ponho um ponto final na crônica dos Três Reis Magos, escrita no dia 6 de janeiro de 2021, data escolhidaa pela Igreja Católica para festejar os bem-aventurados Gaspar, Belchior e Baltazar. Viva a "Noite dos Santos Reis!".
e Baltazar
1. Nos últimos natais, ela tem diminuído de tamanho. Mas já foi uma árvore de Natal tão grande que tomava boa parte da minha sala de visita e encantava os amigos que me visitavam para me desejar "Boas Festas!", extensivo à família.
2. Não que eu tenha desistido de armar uma árvore grande como as anteriores.
Meus cabelos embranqueceram, o grau dos óculos aumumentou, o medo de escadas cresceu, e, tudo isso, obrigou-me a instalar uma árvore natalina do tamanho de minha idade.
3. O presépio, este, não, continua o mesmo e do mesmo tamanho há mais de quarent'anos, graças aos esforços e a ostensiva religiosidade de Ivone. Ela não desiste dele, faça chuva, faça sol.
Pode faltar tudo na Noite Santa, menos o Menino, na sua majedoura, vigiado por Maria e José, seus pais, e recebendo a visita dos três Reis Magos, Melchior, Baltasar e Gaspar, com seus presentes: ouro, incenso e mirra.
4. Me propus, nesta crônica, a fazer uma pequena homenagem aos Magos, assim a Bíblia os chama. Não os chama de Reis, sabiam?
A visita deles não se deu apenas para ninar o Menino Jesus e presenteá-lo. Sua importância e significado são ressaltados pelo Teólogo Joseph Ratizinguer, o ex-papa Bento XVI, no seu belíssimo livro "A Infância de Jesus", cujo texto, mais adiante, o querido leitor lerá.
5. Em torno dos três Magos há fatos que, vez em quando, vale a pena relembrá-los. Peço a atenção do meu dileto leitor para alguns deles. Muitos, creio, conhecidos por quem ler a Bíblia, um costume que cresce a cada dia.
Antes, só os Evangélicos portavam, com muito respeito, uma Biblia; hoje, já se vê até (?) Católicos carregando o Novo e o Antigo Testamento pra cima e pra baixo.
6. Vamos começar. É do seu conhecimento que, dos quatro Evangelistas, Mateus é o único a escrever sobre os Reis Magos? Consulte Mt 2: 1-12 do Novo Testamento, claro. Neste capítulo e seus versículos tereis meu caro uma reportagem completa sobre a visita de Melchior, Gaspar e Baltazar à gruta de Belém, na realidade, um estábulo.
7. A verdadeira identidade profissional dos Magos nunca foi definitivamente reconhecida. Para uns biblistas, eles eram astrônomos ou astrólogos. Para outros, eles eram reis (da Pérsia? da Arábia? da Índia?); magnatas, sacerdotes ou simplesmente três sábios.
Não se conhece a cidade de origem de cada Mago, sabendo-se, apenas, que eles eram do Oriente. Que chegaram ao estábulo vindos das bandas do Oriente, guiados por uma brilhante estrela, a "estrela de Belém".
8. Os Livros sagrados também não informam quando, como e onde os Reis Magos morreram. Sabe-se, porém, que seus ossos estão enterrados, como relíquias, na Catedral de Colônia, Alemanha, que tive o privilégio de conhecer. Mas não se tem notícias da canonização dos três. Seriam bem-aventurados. Embora, sejam tmbém reverenciados como "Os santos Reis".
Não visitei o mausoléu dos três Reis porque o guia não me levou até ele. Esqueceu ou nem sabia que naquela bela catedral repousavam os restos mortais de Melchior, Gaspar e Baltasar.
9. Distinto leitor, deixei para ocupar este espaço, dando-lhe destaque, o que disse o ex-papa Bento XVI sobre a visita dos Reis Magos ao presépio do Bambino, assim São Francisco de Assis chamava o Menino Divino. Trancrevo na íntegra. "O pensamento decisivo que nos fica é este: os sábios do Oriente constituem um início, representam o encaminhar-se da humanidade para Cristo, inauguram uma procissão que percorre a história inteira. Não representam apenas as pessoas que encontram o caminho até Cristo, mas também a expectativa interior do espírito humano, o momento das religiões e da razão humana ao encontro de Cristo". É a interpretação de um Teólogo.
10. Porque é uma homenagem, enriqueço esta página natalina com os versos de Olavo Bilac (1865-1918), o "poeta das estrelas", sobre os Magos do Oriente:
"Diz a Sagrada Escritura
Que quando Jesus nasceu,
No céu, fulgurante e pura,
Uma estrela apareceu.
Estrela nova... brilhava
Mais dos que as outras; porém
Caminhava, caminhava
Para os lados de Belém.
Avistando-a, os Três Reis Magos
Disseram: "Nasceu Jesus!"
Olhavam-na com afagos
Seguiram a sua luz.
11. E na companhia de um poeta e de um Teólogo, um dos maiores do mundo, ponho um ponto final na crônica dos Três Reis Magos, escrita no dia 6 de janeiro de 2021, data escolhidaa pela Igreja Católica para festejar os bem-aventurados Gaspar, Belchior e Baltazar. Viva a "Noite dos Santos Reis!".