Como é que é???
“A Agenda 2030 é um plano de ações desenvolvido no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela visa a erradicação da pobreza e a promoção do desenvolvimento econômico, social e ambiental em escala global até o ano 2030.” São 17 objetivos, 168 metas, é um projeto para lá de ousado, e já está em curso. E saiba mais, ele está de olho em você. (Eu desconfiada)
Em 2030 não teremos mais pobreza, o mundo será sustentável, o lema é não deixar ninguém para trás. Você vai junto! — eu pensando — de que jeito?
Eu fico imaginando, nessa data, os sobreviventes da década, sentados, numa ceia para degustar um bolo, cortado em partes iguais, e ninguém vai cortar um pedaço maior para si, porque serão todos, pessoas saciadas, educadas, respeitosas, éticas. Dá para imaginar a façanha, em dez anos acabar com o modelo vigente? Não seria ótimo ver todas as pessoas tratadas iguais, ricos e pobres na fila do Sírio Libanês ou do Albert Einstein?
— Não, não haverá fila, todos serão atendidos em casas com esgoto, água potável... todos serão presenteados com saneamento básico. E ninguém se sentirá superior a ninguém por causa da pele, por causa da cor, aliás todos seremos binários, as mesmas cores: amarelos e transparentes que é para ver o que você tem no estômago ou no ventre.
— E o sexo? — Ah, nem me lembre... (eu lamentando)
— Só haverá o neutro. E todos dominando a tecnologia, fazendo tudo do mesmo jeito. Que “alguém programou por aplicativo, claro: aproxime seu celular do QR CODE” ( eu preocupada)
Será que entre os sobreviventes encontraremos algum velho, algum doente, algum diferente ou já está programado um vírus que fará o serviço de exterminá-los. Lembre-se, do lema: Não deixar ninguém para trás. — E veja bem, esse não deixar ninguém para trás, não significa que estaremos vivos, sendo levados; pode ser que não nos deixarão, porque já não existamos mais. (eu apavorada)
São muitas as dúvidas que me assaltam: um mundo de robôs humanos? um governo soberano, um rei , um imperador ? — eu imaginando — será que entre os sobreviventes alguém saberá ler e escrever? — A ironia que habita em mim de maneira muito inconveniente me responde: Pro-va-vel-men-te. — Faça o que eu falo, não faça o que eu faço.
Estou de olho no discurso “quase” politicamente correto que me inunda os ouvidos: a única habilidade que o cidadão precisa desenvolver para ser valorizado, nessa sociedade, e a de segurar um celular na mão e apertar o like; o dislike é mais difícil, você precisa justificar.
( eu indecisa entre engolir e argumentar)