Espanto do Véio
FICO doente quando penso em algo e não digo ou revelo publicamente. Não seguro, sempre torno público meu pensamento, mesmo que isso me cause prejuízo, antipatia ou decepção por parte de pessoas a quem estimo. Mas não posso ir de encontro a minha natureza. Eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim, como canta o samba.
Vejam bem, ninguém é obrigado a ler os textos de quem quer que seja, muito menos a comentá-los. Eu, por exemplo, só leio o que quero e só comento o que quero. Por isso jamais reclamaria ou lastimaria que as pessoas não lessem e nem comentassem meus textos.
No entanto, estranhei (o que é diferente de reclamar e lastimar) que quase ninguém tenha lido (e muito menos comentado) o texto que escrevi ontem sobre a irresponsabilidade e crueldade do presidente que condenou e ridicularizou o uso de máscaras como proteção contra a Covid-19. Não fiz mais que condenar o absurdo e transcrever o que ele disse. Não menti, não fiz ilações, não extrapolei.
Daí a minha estranheza de que o texto nao tenha sido objeto da leiturae, quem sabe, de algum comentário. Como não sou homem de ficar fazendo arrodeios,fiquei espantado e pensei, de duas uma: ou as pessoas acham que máscara não serve para nada, ou estão temerosas em se pronunciar contra o presidente. A última hipótese significaque as pessoas acham que estamos num regime de exceçao. Seja como fordisse o que penso. E priu. Inté.