Manifesto sobre a geração mi-mi-mi
“Cof-cof” e “cri-cri-cri”: quase imediata e universalmente identificáveis, não?
“Geração Coca-Cola” e “Geração Z”: não tão onomatopaicas, mas igualmente rótulos: vemos o nome, sabemos o que é!
Será?
Os nomes são rápidos e, por isso, superficiais. O que sei, de imediato, sobre algum João da Esquina que eu venha a conhecer?
“Geração Coca-Cola” e “Geração Z”: não tão onomatopaicas, mas igualmente rótulos: vemos o nome, sabemos o que é!
Será?
Os nomes são rápidos e, por isso, superficiais. O que sei, de imediato, sobre algum João da Esquina que eu venha a conhecer?
Num café 24h, ouvindo algumas das novas canções, que tão profundamente me tocam com suas introspectivas harmonias de quartas e nonas e sua reverberação que remete à solidão dos Andes, com sua aparente ingenuidade infantil tão diversa dos satânicos roqueiros dos anos 80, fico a pensar. Penso nos meus filhos. E lembro que alguns dizem que eles (os meus e os seus filhos) são o espelho da seleção que perdeu de 7 x 1 e que saiu de campo chorando e se desculpando.
Ah, sim: o choro!
Foi daí que veio o termo.
Parece ter sido o popular filósofo que o inventou.
Choram demais essas crianças e jovens de hoje; reclamam demais os adolescentes tardios de trinta anos; nem podemos mais fazer piada de gay, de gordo, de nego, pô!, dizem os que acham tudo isso um desaforo. Nós éramos tratados na base da vara de marmelo, se gabam, então, os machões e as “machonas”.
Foi daí que veio o termo.
Parece ter sido o popular filósofo que o inventou.
Choram demais essas crianças e jovens de hoje; reclamam demais os adolescentes tardios de trinta anos; nem podemos mais fazer piada de gay, de gordo, de nego, pô!, dizem os que acham tudo isso um desaforo. Nós éramos tratados na base da vara de marmelo, se gabam, então, os machões e as “machonas”.
Lembra daquele comercial? O filho indo com o pai, de carro, para a escola. Então o filho pede para o pai parar o carro um pouco antes da entrada da escola. Aqui se remete à vergonha que, às vezes, os mais novos sentem dos próprios pais. Então o pai, cheio de si, argumenta assim: - Ei, você sabe surfar? Você sabe tocar guitarra? Você já pegou uma garota? Todas as respostas são negativas. Então prossegue o pai: - Então me desculpa, mas se alguém tinha que ter vergonha aqui era eu, né?!
Uma simples propaganda de um novo Volkswagen?
Não, jamais qualquer “comercial” é algo simples.
É a geração que foi jovem entre os anos 70 e 80 que continua a se achar dona do mundo; hoje com quarenta ou cinquenta anos, acham que superaram os “quadradões” dos anos 40 e 50 e são muito, mas muito melhores do que todos os que virão.
Por Deus, se enxerguem!
Se meus filhos são desse ou daquele jeito, sou EU o responsável. Fui EU quem educou.
Foi a minha geração que criou o celular; o vídeo game; a internet; o download; Foi a minha geração que batalhou pela democracia no Brasil; que apanhou nas ruas, nos piquetes; Foi a minha geração que criou o ECA; os direitos humanos; a ONU; as armas não letais; que disseminou a ideia da inclusão; que pesquisou sobre o autismo e o TDH; que batalhou por cotas e pelo fim do preconceito. Então, se tá fácil demais, quem é responsável???
Por Deus, tenham sensibilidade!
Essa geração, precisa, como todas as anteriores e posteriores, de AMOR.
De limites? Sim; De umas chineladas em momentos extremos? Sim. Mas também, e muito mais, e antes de tudo, de desafios e confiança. De compreensão, de carinho, de respeito, de valorização, de quem auxilie a ter autoestima elevada, e não de quem venha a dizer que tem vergonha dela.
Se olhe no espelho, geração egocêntrica!
Se enxerguem vocês que ficam se achando a consumação do primeiro milênio e o ápice da humanidade que não será superado no segundo.
Por Deus, pense um pouco, geração que se acha sábia!
Vocês nada sabem de seus filhos e netos e nem mesmo querem saber!
Vocês fazem deles algo impessoal, como um produto, como algo que pode ser desprezado com um carimbo brutal.
Por Deus, por nós e por eles, botem a mão na consciência antes que seja tarde!
Vocês estão matando o fruto do próprio ventre...
Não, jamais qualquer “comercial” é algo simples.
É a geração que foi jovem entre os anos 70 e 80 que continua a se achar dona do mundo; hoje com quarenta ou cinquenta anos, acham que superaram os “quadradões” dos anos 40 e 50 e são muito, mas muito melhores do que todos os que virão.
Por Deus, se enxerguem!
Se meus filhos são desse ou daquele jeito, sou EU o responsável. Fui EU quem educou.
Foi a minha geração que criou o celular; o vídeo game; a internet; o download; Foi a minha geração que batalhou pela democracia no Brasil; que apanhou nas ruas, nos piquetes; Foi a minha geração que criou o ECA; os direitos humanos; a ONU; as armas não letais; que disseminou a ideia da inclusão; que pesquisou sobre o autismo e o TDH; que batalhou por cotas e pelo fim do preconceito. Então, se tá fácil demais, quem é responsável???
Por Deus, tenham sensibilidade!
Essa geração, precisa, como todas as anteriores e posteriores, de AMOR.
De limites? Sim; De umas chineladas em momentos extremos? Sim. Mas também, e muito mais, e antes de tudo, de desafios e confiança. De compreensão, de carinho, de respeito, de valorização, de quem auxilie a ter autoestima elevada, e não de quem venha a dizer que tem vergonha dela.
Se olhe no espelho, geração egocêntrica!
Se enxerguem vocês que ficam se achando a consumação do primeiro milênio e o ápice da humanidade que não será superado no segundo.
Por Deus, pense um pouco, geração que se acha sábia!
Vocês nada sabem de seus filhos e netos e nem mesmo querem saber!
Vocês fazem deles algo impessoal, como um produto, como algo que pode ser desprezado com um carimbo brutal.
Por Deus, por nós e por eles, botem a mão na consciência antes que seja tarde!
Vocês estão matando o fruto do próprio ventre...
02.01.2021