Crônica de Ano Novo deste Bacamarte

Boa tarde meus fieis 23 leitores e demais 36 que de quando em vez passam aqui por meu réveillon literário a fim de ler crônicas de Ano Novo recheadas de votos de "saúde, amor e paz" e renovação da esperança. Tudo ok, mas tem de ser a esperança do verbo esperançar, como falou o filósofo Mário Cortella, inspirado em Paulo Freire. Não a esperança de esperar, tão somente. Sim, pois quem fica sentado esperando cria calo na bunda. Esperançar, busca ativa dos sonhos.

Então eis-me aqui, no primeiro dia de 2021, sexta-feira, como prometi na sexta passada, a última de 2020, que foi justamente no Natal. Sexta-feira é o nosso dia de cronicar e aqui estarei, faça chuva, sol, vento ou ressaca - tanto a marítima quanto a pessoal. Tá, sei que falto algumas vezes, mas isso faz parte da vida, ser imperfeito num mundo imperfeito. Não esperem perfeição de mim, apenas esperancem excepcionais e superlativos textos de minha autoria: crônicas geniais, sábios provérbios, tautogramas sofisticados, criativos e inteligentíssimos e poesias medíocres e sem graça. Sim, pois NÃO SOU POETA, embora goste de poemas - assim como não sou mulher, embora goste delas. Aliás, por favor, NÃO mais ME CHAMEM de POETA em 2021, SOU CRONISTA - assim como sou AntôniO, não AntôniA.

Ontem passamos só eu e a Louise aqui em casa. Todos os Bacamarte isolados em suas residências devido a pandemia. Hoje o Toninho Júnior e a Marcela vieram aqui almoçar. Protocolos, máscaras e distanciamento observados, devidamente. Todos queremos estar vivos no réveillon de 2022, né. Logo, esperançaremos ativamente, observando as regras epidemiológicas nesta pandemia e, assim que pintar uma, tomaremos vacina.

Para mim tanto faz ser uma vacina socialista - russa, chinesa ou cubana - ou liberal - inglesa, estadunidense -, pois não tenho restrição ideológica alguma à ciência. Aliás, nem vejo essa questão pelo viés ideológico, mas apenas sanitário. Quando a vida está em jogo, quem a arrisca por bobagem é tolo. Olhaí, acabo de produzir mais um provérbio. Ah, sou uma máquina literária proverbial de última geração, o grande gênio literário daqui do Recanto das Letras mesmo, por isso tuzes me amam, adoram e idolatram. Mas percam as esperanças: não adianta pedir retratos meus autografados que eu não dou. Não esperem ou esperancem isso de mim, não dou dado a estimular idolatrias, mesmo as literárias e a mim dirigidas. Apenas continuarei sendo genial, eis que ser somente gostoso e lindo não basta, né, temos de ter um conteúdo de excelência, também.

Confessem: o que seria de tuzes sem mim, né? O que tornaria inesquecíveis essas sextas enfadonhas de suas vidas rolando tediosamente pela internet em busca de leituras, comentários, curtidas e compartilhamentos para interagir com outros seres humanos? Ora, a esperança do verbo esperançar, claro. Esperancem, obrem pela esperança de tuzes. Tudo de bom para todos tuzes, meus caros e minhas caras, em 2021.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

Carta aberta aos meus 23 leitores: https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 01/01/2021
Reeditado em 21/01/2021
Código do texto: T7149458
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