NOME DO TEMPO
Nós, seres humanos, queremos dar nome ao tempo.
Inventamos os segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos, os séculos e até os milênios.
Mas quem garante que eles existem?
Para Deus, o tempo se confunde entre o ontem, o hoje e o amanhã;
entre o antes, o agora e o depois.
Tudo acontece simultaneamente, em um divino sincronismo.
Ele desconhece o passado, o presente e o futuro,
pois para Ele só há momentos... sublimes e maravilhosos.
Talvez, sem sabermos, vivemos em um universo sem tempo.
Entretanto, por teimosia, cronometramos nossos instantes. Consequentemente, transformamo-nos em escravos da nossa mente, e, assim, caminhamos na busca do nosso destino, sobrecarregados de obrigações, acorrentados em metas, presos em objetivos.
Esquecemo-nos de que a paz de espírito – o acalento da nossa alma – não se busca fora, mas dentro de nós mesmos, em nosso interior, e só é plena se vier embalada por laços de amor.
E, o amor que habita em nosso coração deve ser puro, perene, isento de cobranças e sem prazo de validade, porém, tão intenso como o amor de Romeu e Julieta.
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Prefácio do livro “Romeu no Mundo Meu” que pretendo lançar em 2021 (se a pandemia deixar).