Abstinência nos convoca a obter certa temperança dos apetites, é a prática de se abster ou privar de algo. De origem estoica, derivada da máxima de Epiteto, sustine et abstine, que significa suporta e abstém-te. No viés religioso significa a renúncia voluntária à uma satisfação de certa necessidade ou desejo.
 
Contemporaneamente surgiram novos significados, uns ligados à saúde e outros de ordem filosófica e comportamental tal como abstinência de consumo, de álcool que é chamada propriamente de abstemia e, até mesmo, abstinência sexual.
 
O engraçado é que segundo a cultura do Tibet que atualmente é integrante da China, sendo mesmo um dos berços do budismo e que dista em muito da cultura ocidental principalmente quanto à paciência, sabedoria e visão única sobre as diferentes fases da vida humana. E, a abstinência se inclui em diversos aspectos da vida, e particularmente a criação de filho e filha.
 
Basicamente se distingue quatro fases importantes na educação de crianças e jovens de acordo com a sabedoria tibetana. A primeira fase primeira que vai até cinco anos, quando a criança deverá ser tratada como um rei. É a fase que não se deve proibir nada e  muito menos puni-la.

Por coincidência, nessa fase, a criança é curiosa, ativa, deseja aprender e explorar o mundo. Sentir a textura de panos, de paredes, canos, das superfícies e tudo a sua volta. Mas ainda não sabe aproveitar e filtrar suas experiências e utilizar o raciocínio lógico.

 
As emoções são uma linguagem especial para que as crianças se entendam bem. Qualquer superproteção irá atrapalhar a evolução vital da criança. A segunda fase é de cinco a dez anos, quando é aconselhável tratar a criança como escravo, porém, sem crueldade. Em tal fase, o intelecto e o raciocínio lógico se desenvolvem muito ativamente e a base de sua personalidade futura será estabelecida.
 
Deve nessa fase dar à criança várias tarefas, controlá-la como são realizadas e ensiná-la a se preparar para as consequências derivadas de seu descumprimento. Deve a criança aprender a ser responsável por suas ações, concentrar-se em coisas positivas e produtivas e evitar as negativas. Nesse momento, a criança absorve o conhecimento mais célere do que nunca. Assim, a criança passa do rei para escravo.
 
A terceira fase é de dez até aos quinze anos quando o semi-adolescente ser tratado como um igual. Deve ser descoberta a filosofia e a descoberta de capacidades. Se você proibir tudo, o relacionamento se degrada, mas se for ao contrário, e superprotegê-la, tornar-se-á uma pessoa insegura e sempre dependerá da opinião dos outros.

A derradeira fase é a partir dos quinze anos, quando a personalidade do jovem já se formou... Relevante tratá-lo com respeito e lhe dar conselhos, mas não de educar. E, você colherá os frutos de suas atitudes e habilidades, e verá se tornou uma pessoa autossuficiente, valorosa e respeitosa em relação a si mesmo, aos seus pais e a todos os que o rodeiam.
 
Enfim, ser paciente, prestar atenção a quase tudo, procurando dar o troco estornado das experiências de vida, nos podem trazer maiores caminhos
 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 31/12/2020
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