É, está indo...
É, está indo...o ano parte para seus dias finais. E conosco aquela sensação desnorteante, dos meses iniciais, ainda tem vestígios no dia a dia, afinal, poucas gerações presenciaram ou viveram alguma pandemia e ademais, estamos numa era tecnológica onde tudo grande proporções alarmantes, o que contribuiu para acelerar as dicas com prevenção, como também para causar mais pânico.
E assim, vamos encerrando o ano de 2020. Não foi um ano de festanças, comemorações, aliás, muitas delas foram canceladas pelos governos municipais e estaduais em virtude da facilidade da propagação do vírus causador da Covid19. Tivemos, sim, um ano de mais reclusão, forçada, é claro, e muita indignação, controvérsia, polêmica e acusações. Não se pode abraçar um ente querido, trocar afagos, apertos de mãos, tudo se tornou perigoso e por isso, ficou com uma sensação de “proibido”, pois a vida corre risco.
Vimos pessoas lamentando as perdas sofridas, uns praguejando, outros mais interiorizados, orando. Tivemos crises sociais e a economia não se sustenta, mas a vida pede urgência, então planos e politicas públicas tiveram que ser criadas e muitas serviram para manter pessoas desamparadas, pelo desemprego, pela falta de perspectiva ou pela atonia que tomou conta de alguns, frente a situação instalada.
O que podemos dizer de 2020, foi um ano atípico, e cada um dentro de si, sabe o que lhe causou essas mudanças drásticas de comportamento; o que lhe causou a sensação de caos instaurada pela mídia, o mando e desmandos de governantes inaptos e aproveitadores do momento crítico. Tudo isso foi de um grande abalo numa nação enfraquecida por anos e anos a fio de corrupção, desvios de verbas e conchavos que propiciam sempre um determinado segmento em detrimento de outro. Foi um ano executante! Pôs à prova a perseverança, a fé e a criatividade de cada um, de acordo com o que se tinha em mente e o que se via em algumas possibilidades pelo caminho.
Eu, não posso reclamar, para mim, foi sim produtivo, claro, tenho que solidarizar com as pessoas que perderam vidas e tiveram infortúnios diversos nesses dias. Foi muito amargo e sofrido. Para mim, criei novos textos, não digo literários, porque talvez seja o ano que menos escrevi. Criei sim, outros enredos com perspectivas diferentes. Otimizei o tempo vago, pois tive que ficar uns dias em quarentena, assisti videos, palestras, terminei um curso on line sobre Hipnose, e fiz algumas atividades com esse tema. Também, aproveitei e li mais, até consegui ler Dom Quixote, e pulei entre autores diverso. Assisti filmes antigos, franceses, espanhóis (foram muitos), nacionais e alguns outros de diversos estilos. Se foi proveitoso, creio que sim, pois tenho obtido frutos com esses acúmulos de conhecimento extra.
No mais, aqui só tenho que agradecer a Deus por ter permitido que minha família não fosse atingida pelo vírus, e com alguns cuidados, estamos seguindo. Com tudo, com tudo, tive mais ganhos que nos outros anos, e só tenho que por isso, agradecer e continuar a crer, que tudo passará, e um dia, poderemos de novo, volver a aglomerar e confraternizar.