NATAIS PROMOVENDO OUTRAS FELICIDADES

Terça-feira, 29 de dezembro de 2020

NATAIS PROMOVENDO OUTRAS FELICIDADES

A Humanidade criou falácias. Mesmo para engambelar a si própria, através dos ditos populares e das frases dos óbvios.

A felicidade, por exemplo, possui tantos enunciados sobre ela, que dá para encher os espaços de um caderno de, no mínimo, umas cem páginas. Porque existem pessoas que gostam disso. Mesmo nesse engambelamento, não abrem mão da ilusão.

O Natal é uma efeméride que possui nuances mim com relação à felicidade. Mas há pessoas que não se sentem felizes nessa época. Mas vida é assim mesmo. Uns para lá e outros para cá.

Da parte desse autor, os natais quase todos foram de plena felicidade. Até arriscaria dizer de todos, mesmo. Porque numa infância pobre, sempre tive ao redor aquelas pessoas das que se dizem de coração enorme.

Então, as lembranças natalícias sempre serão as melhores, que lhe marcaram a alma, e não sentir tristeza em momento algum da vida.

E assim, quando transformou-se num adulto, seguiu em frente buscando fazer felicidades de outros. Mesmo não aparentados consanguíneos, só os de muita consideração.

Assim é que fez o Natal feliz de, pelo menos, seis ou oito pessoas. E isso em todo o Natal e por quase duas décadas. Ou até mais um pouquinho.

Seu entusiasmo e satisfação, e alegria também, era ver a felicidade estampada nos rosto daqueles beneficiados. Quando ia em suas casas no Dia de Natal, pela manhã, mesmo sem nenhum aviso, anunciava a sua presença. E, claro, era recebido com sorrisos largos, principalmente ao verem que carregava alguns pacotes/embrulhos, que denotavam presentes.

Isto era o suprassumo da felicidade para todos, o presenteador e os presenteados, bem como seus pais. Todos ficavam alegres com os presentes. E, realmente, são sensações indescritíveis.

Contudo, nunca recebeu reciprocidade. Dava presentes mas não ganhava nenhum. Felizmente possuía uma condição estável, daqueles que se diz não precisar de nada. Assim, seguia em frente, sentindo-se muito feliz, também.

Assim, anos se passaram. Décadas, também. E hoje em dia, aqueles aos quais presenteou por vários anos, nem sequer lembram-se de sua existência. Também os pais deles. Têm-se a impressão de já não estar mais nesse mundo, tamanha a indiferença a que é submetido.

A isto dir-se-ia: "cavacos do ofício". E mais nada. Porque não faz a menor diferença àqueles, se quando crianças, tiveram Natais felizes. O passado é morto. Vida que segue...

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 29/12/2020
Código do texto: T7146999
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