Brasil 2020
Nestas terras brasileiras, a partir de março, tentaram parar o país para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus fechando o comércio, as escolas, faculdades, casas de show, espaços culturais, áreas de lazer, praias, reduziram frotas de ônibus do sistema de transportes coletivos municipais e intermunicipais com a propaganda Fique em casa!.
Depois do primeiro caso positivo no Brasil, tudo começou a desandar. O governo federal tratando como uma gripe sem importância, enquanto mortes e mais mortes assolavam a Europa e outras partes do mundo!
Decretada a famosa quarentena Fique em casa! com o controle de acesso de pessoas à rua, considerando que uma parcela dos brasileiros não tem a capacidade de seguir ordens ou recomendações, sem falar no Governo Federal que sempre discordou dessas normas de tentativa de contenção do vírus. Tentativa? Sim! Pois de fato a quarentena não surtiu muito efeito.
Depois da quarentena desobedecida, surgiu uma nova recomendação: isolamento social (hahaha) expandindo o Fique em casa!, uma medida emocionante.
Nas cidades do interior foram colocadas barreiras de cascalho (ou barro ou seja lá o que for) nos acessos, com o intuito de fazer os condutores entrarem na cidade passando pela barreira de controle, tendo auferida a temperatura e recebendo a recomendação de só sair de casa para o essencial, além da recomendação de usar máscaras.
Com muita gente desempregada por ser obrigado a ficar em casa, o governo libera o recurso chamado Auxílio Emergencial para gatos e cachorros, à torto e a direito, jogado ao vento. Na verdade, as regras eram não ter carteira assinada, fazer parte de família que recebe menos que três salários mínimos e não ser servidor público, basicamente.
Esse recurso provocou o aumento dos preços dos produtos a cada semana (arroz e carne estão disputando o primeiro lugar no índice de carestia). Posso incluir o aumento absurdo do preço do álcool em gel, pois sempre tem aquele que quer lucrar a todo custo.
Agora vamos à piada do milênio!
Ao se aproximarem as eleições, as barreiras sumiram, não tem mais controle de temperatura na entrada das cidades, não tem mais aquele pessoal infernizando para usar máscara. Todo mundo à vontade.
Eventos políticos com multidões amontoadas e sem máscaras, inclusive eu não sabia que cabia tanta gente no fundo de um carro como vi nessas carreatas, o que comprova que o interesse político se sobrepõe aos estragos financeiros familiares e a quantidade de mortes no Brasil por contração do vírus. Acabou a propaganda Fique em casa!. Vá para a rua, contraia e espalhe o vírus.
Enquanto isso, as escolas permanecem fechadas sob a justificativa de proteger o corpo escolar do vírus, dando a entender que só pode haver a transmissão do vírus na escola e não na rua, como estamos presenciando essas aglomerações, prejudicando os alunos, principalmente os concluintes que pretendem prestar vestibular e ENEM.
Agora, devemos esperar para ver o que vai acontecer após o dia 15 de novembro. Será que vão fechar tudo novamente, considerando que o vírus tirou férias para que se fosse possível a realização das campanhas eleitorais?