Nota de esclarecimento
Esclarecimento 1 — Tenho o costume de começar os textos que publico, justificando o título, coisa de professora, oriento meus alunos a dar uma atenção especial a eles. — Não dá para deixar de ser professora um instantinho? — até tento — eu respondo.
Mas voltando aos esclarecimentos, neles estão minha proposta dos apanhados dos assuntos que me assustaram durante a semana. Já ficou esclarecido o porquê de eles não serem possíveis. Eu só vou aqui dar uma “esticadinha” no assunto: além de não estar me sentindo bem, o que é “assunto dia e noite”, ininterruptamente, é o samba de uma nota só: tem muita “gente” sendo incomodada com o tema. Eu respeito, claro, embora goste muito do samba, gosto tanto que consumo o de uma nota só, o de duas, o de três e até aqueles que exigem um rebuscado e complicado imbricamento “das notas de alto valores”, dentro das minhas possibilidades, claro: os ditos clássicos..., (que ironia) também tem incomodado muita gente. Então esses assuntos estão descartados.
Esclarecimento 2 — Fiz, aqui no recanto, uma crítica sobre um caso de “machismo”, o assunto é nojento, mas penso que procurei dar leveza, bom humor para não ser tão indigesto. (Perdão se assim não foi entendido) tem gente que se sentiu incomodado, de tão ofendido me contatou no privado com comentários... (que não vem ao caso). Mas eu quero tornar público minha resposta: — Eu, meus pais, meus avós, meus antepassados, meus ancestrais, todos, mas todos “mesmo”, nascemos esfregando a cara numa vagina. Recebi como resposta, que ele, (com letra minúscula) nasceu por meio de uma cesariana. — Entendi toda sua glória, mas respondi: — Se não saiu esfregando a cara, certamente, entrou. — e bloqueie: conversa comprida faz quem quer, não é vovô?
Esclarecimento 3 — Esse não é um esclarecimento, mas uma interação, e vai para um comentário sobre a crônica “Conversa fiada”, e faço com muito respeito pela leitura que a pessoa fez do meu texto. Para você Elisabete, meu muito obrigada pelo entendimento dos fatos e analisados pelo seu ponto de vista. Embora seja um defeito, eu também valorizo muito mais a leitura do que o texto. E sim, eu vejo como um terceiro gênero, mas estão pregando que é o gênero neutro... (Melhor esquecer, ou melhor, deixar as coisas ficarem mais claras, do jeito que estão, é pregar no deserto. E veja bem, mesmo lá, é possível uma aguerrida oposição) tem quem defende a importância de se deixar a zona de conforto — na minha idade, não sei se vale a pena.
E quanto aos “óculos machadianos”, não saberia te responder (professor, não sabe nada, ele é só um mediador — ele mede a dor, ele medeia a dor, a matéria prima do professor é a dor, o conhecimento pertence aos leigos. Estamos sob a batuta da inversão dos valores. — Eu só vim me preocupar com as lentes, agora durante meus devaneios, na época, eu enxergava bem, por que me preocupar com algo tão distante? Mas, eu sei tem gente que se nega a usá-los, mesmo precisando, prefere enxergar borrado, foro de foco, pelo tato (e aqui, eu quero deixar claro que não estou falando de braile, por favor).
Esclarecimento 4 — E por último, vai aqui meu esclarecimento do porquê de me referir à crônica como uma “conversa fiada”. Antônio Candido, professor e crítico literário, assim escreveu sobre ela: — “A crônica não é um “gênero maior”, Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica e um gênero menor. “Graças a Deus”, - seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica mais perto de nós.”