COMPLEXO DE VIRA-LATAS.
Não pretendo levar esse assunto para o lado da política, mesmo entendendo que tenha muitíssimo a ver, pois é evidente que a formação de opinião sempre tem o viés político embutido.
Fico pensando como o público de forma geral é manipulado, é conduzido para atender interesses diversos, tanto no que se refere a questões internas, de natureza política/econômica/financeira, quanto aos interesses das empresas e grupos financeiros internacionais e a geopolítica que não faz outra coisa a não ser minar qualquer capacidade de desenvolvimento dos países das regiões mais carentes por esse mundo a fora.
No Brasil, o assassinato de reputações é coisa que acontece desde sempre.
Quem ousou ou quem ousa fazer alguma coisa, ou conta com a sorte de cair nas graças de quem comanda as massas e assim ganha uma projeção até nem tanto merecida, às vezes, ou vai ralar e vencer se não cair na desgraça de ser aniquilado por algum interesse manipulador.
Se for puxar o fio da história, muitos casos iriam ilustrar os meus argumentos. Vou ficar com apenas dois muito relacionados e um deles na memória recente de todos.
Quem se lembra da Copersucar F1 dos irmãos Fittipaldi no final da década de setenta e início da década de oitenta? No meu modo de ver uma crueldade tremenda foi feita. Desmoralizaram cruelmente quem estava empenhado num projeto ultra difícil e que elevaria o nome e o respeito pelo Brasil no mundo inteiro. A nossa mídia humorística humilhou e com aval do nosso povo manipulado contribuiu para o encerramento vexatório da escuderia. Uma pergunta: Teria essa mídia trabalhado a serviço de alguém?
Outro caso é o do Rubens Barrichello. Será que ele merece ser motivo de chacota como fazem? Por acaso é fácil chegar onde ele chegou? Será que ele precisaria conquistar títulos, numa competição manipulada e cheia de interesses, para ser respeitado?
Será que algum dia iremos nos livrar do complexo de vira-latas? Se depender dos nossos formadores de opinião, talvez nunca!