Meu professor gato
Cassia Caryne - 22/12/2020
Ao nascer, nós começamos a morrer. Todos, sem exceção. As feridas emocionais e psíquicas inauguram as defesas para combatê-las. E então aprendemos um padrão de repetição. Uma das defesas muito comum é esconder de nós mesmos a dor que elas nos impingem. Ontem observei um gatinho. A pata estava machucada e ele lambia o ferimento. Ele reconhecia a chaga e tinha atitude para curá-la. Não pedia a outro gato para lamber, ele mesmo se tratava. Certamente, não por orgulho, mas por dignidade. E o tratamento era o amor próprio. Era o remédio, a sua própria saliva. Preciso aprender com os gatos!