Feliz Natal e só

                                   Natal, natal das crianças,                                    Natal... 

     
1. Este ano, o maldito do virus chinês tirou-me, ou se quiserem, me tirou, pra mim tanto faz, dos nossos Shoppings, que, segundo me disseram, apesar das restrições impostas, estão apinhados.
     A triste verdade é que não perambulei pelas lojas, lojinhas e lojonas, caçando presentes natalinos para a parentela e amigos mais próximos. Este ano, 2020, tudo leva a crer, será o ano de apenas um "Feliz Natal", e à distância. E só.
     
2. Potanto, nada de "Feliz Natal" acompanhado de beijinhos; de abraços demorados ou rápidos; de encher a casa para a tradicional ceia natalina. Nada de ir pra rua alimentar qualquer tipo de aglomeração formada por aqueles que não estão nem aí para essa tal de "gripezinha". O virus não foi embora: ele ainda está aqui. Corra dele,
     3. Façam como eu. Na noite de Natal, minha geladeira estará com cervejas e de tira-gostos variados; com vinhos importados - por exemplo, um portugues "Porca de Mursa", tão ao gosto de Ivone; um peru assado com muito bacon e está organizada minha ceia para comemorar a chegada do Bambino, assim São Francisco chamava o Menino Jesus. 
     
4. Sem música? Nada disso. Com muita música natalina. Farei tocar, ao longo da noite, a linda canção "Boa festa", não só pela beleza de seus acordes como pelo significado de sua letra, que a certa altura, diz assim: "Eu pensei que todo mundo/ Fosse filho de Papai Noel...". Na interpretação impecável do saudoso Carlos Galhardo, ela soa mais bonita.
     Sem deixar de lado outras canções como: "White Christmas", com Bing Crosby e, claro, "Noite Feliz", cantada desde 1818, quando foi criada.
     
5. Como continuo "acreditando" em Papai Noel - quero morrer crendo que ele existe; assim nunca deixarei de, pelo menos no Natal, ser uma criança; tá certo ? - espalhei pelo apartamento pequenos papais-noéis, bonequinhos feitos com carinho por dona Jussara. Atravessando meu ocaso de vida, creiam, ainda espero que Papai Noel, num desses natais, deixe um presentinho na minha janela. "Hô! Hô! Hô!".
     
6. Agora minha mensagem. Durante 365 dias,  meninos paupérrimos, com raríssimas exceções, passam catando lixo, fumando craque, cheirando cola e frequentando a escolinha do crime. Pouquíssimos se lembram deles.
     Quando chega o Natal, esses pimpolhos voltam às televisões, às rádios e aos jornais. Passam a ser o foco de campanhas organizadas para receberem os "presentinhos das crianças pobres", de eventuais doadores. 
     
7. Nada contra que se faça esse tipo de campanha, embora, pessoalmente, ela não me agrade.      Muito pior, porém, seria nada fazer por esses meninos, na grande maioria sem comida, sem hospital, sem dentista, sem escola, sem sorte. Todos os anos, afasto-me um pouco do romantismo do Natal; o bastante para retratar, neste pequeno espaço, a realidade dura e desconcertante dessa meninada carente. E dou, agora, uma sugestão.
     
8. A deste ano é esta: torne-se um Doador dos Médicos Sem Fronteiras. Um doador permanente, contribuindo como puder. Qualquer real doado a essa benemérita organização humanitária internacional, salva a vida de milhares de crianças miseráveis espalhadas em todo o Planeta. Inclusive no Brasil.
     
9. Se o meu leitor desejar saber o que fazem esses abnegados médios, acessem o site da Organização. E parem para ver, com atenção, os apelos que a OMS faz pela televisão, mostrando quadros que levam  o coração a derramar lágrimas...  
       Como estarei nos cinco continentes, graças à Internet, o meu Merry Christmas! E para o meu amigo, lá nos cafundós do meu Ceará, Feliz Nata!
Felipe Jucá
Enviado por Felipe Jucá em 20/12/2020
Reeditado em 20/12/2020
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