Fragilidade = Crônica
 
O ser acha-se forte!
No entanto um microscópico, vírus, penetra em seu organismo, em pouco tempo de incubação, já estamos
derrubados, febril, pois o organismo está reagindo, na tentativa de combatê-lo. Muitas vezes obtemos êxito, outras, temos que recorrer aos poderosos, antibióticos, que nos auxiliam na batalha, em consequência tornamos o vírus, ainda, mais resistente.
O que somos, nós, diante do sofrimento?
Quase, nada, sabemos que o limite de resistência à dor,
pode ser, fraca ou intensa, variando, de pessoa para pessoa.
Contudo a ciência nos proporciona, analgésicos, que
podem aliviar as crises. Porém é diante das intempéries
que a natureza demonstra quem é quem.
Quando um maremoto chega, inundando, tudo
ou, a passagem de um furacão deixa, cidades fragmentadas,
o ser humano, impotente, diante da destruição pergunta-se
o que eu faço agora, se, nada mais restou!
O mesmo acontece, diante do desenlace das pessoas
que amamos, sentimos, o mundo ruir, como se a terra abrisse, fendas, sob nossos pés, a mente em torvelinho questiona-se, meu Deus por que o levaste?
Ao meu, parco, entendimento, quando aqui desembarcamos,
trazemos escondido, num cantinho qualquer da bagagem de nossa existência, o passaporte de regresso, já, constando, o ano, mês, dia e hora com carimbo bem, legível.
“Não existe, troca, é intransferível”
Assim como não somos, donos, de nossos destinos!
Existe sim um livre, arbítrio, todos nós sabemos o que
 é certo ou errado, creio, que, a porcentagem de escolha se assim podemos dizer é, insignificante, àquilo a nós designado. Em alguma era da vida, planetária, recebemos a individualização, por isso raciocinamos, deixamos de pertencer às almas, grupos, como são os animais.
Contudo, também, não somos senhores de nós mesmos.
Existe uma grande diferença em... querer e poder...
E assim continuamos nossa jornada, agrilhoados, em nossa fragilidade.
 
 
Nadir A. D'Onofrio
22/07/2019/16:00
Serra Negra/ SP


Imagem- Mangericão: Nadir
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