Estrela de Bethlehem escaldante
Cá nas bandas do Ocidente, o estereótipo do Natal é a representação da casinha perdida na neve, com sua chaminé esfumaçada e esquilos, serelepes, com suas bochechas empanturradas de nozes, correndo pelos telhados de ardósia. A realidade do meu Natal, no entanto, é ligeiramente diferente: calor, tórrido calor. De maneira que, daquele estereótipo, tudo o que permanece é a atmosfera da lareira, da lenha em brasa, do tição flamejante. Aqui em São Paulo, no trópico de Capricórnio, a atmosfera natalina se mantém, incólume, nas voltas dos 30 graus Celsius. Já no Rio de Janeiro, a capital espiritual do Brasil, os termômetros celebram o nascimento do Redentor com maior efusividade. Coitados.