Meu pedido de Natal (e não é a vacina!)*
Tudo o que muita gente temia, incluindo eu mesmo, está acontecendo.
O Natal e o Ano Novo como conhecemos terá que ser cancelado, pelo menos para pessoas com um pouco de sensatez.
No nosso belo estado de Santa Catarina, cada feriado foi celebrado cerca de quinze dias depois do seu fim com um salto de casos de contágio e mortes por Covid-19. Coincidência? Lógico que não. Apenas mais uma prova de que esse vírus é danado.
Ou seja, após períodos festivos quando as pessoas naturalmente relaxam (e geralmente estão em grupos) a coisa degringola mesmo. Será diferente nas festas de fim de ano? Eu respondo com um sonoro e conformado NÃO.
E isso acontecerá porque muita gente vai na onda de fazer festa porque simplesmente “tem que ter Natal com a família” ou que “Deus é mais” ou qualquer outra merda que gente que se acha melhor que as outras vocifera por aí.
Mas e se tem alguém nesta mesma família que se cuida, que zela pela saúde dos outros porque justamente se cuida e que, caso outras pessoas de sua família pensassem um pouco mais parecido com ela, esta família (ou pelo menos uma parte dela) poderia passar o Natal juntos?
Quem você acha que vai sofrer mais? O sensato ou o insensato? Isto é justo com aquele que se sacrificou o ano todo, abrindo mão dos amigos e familiares, mas fazendo isto porque simplesmente os ama?
Caros leitores do blog, eu peço de presente de Natal um sacrifício:
Fiquem em casa nos próximos sete dias e façam testes de COVID-19 para estar com quem realmente importa no Natal.
É pedir muito?
*Publicado originalmente em: https://ocronistainutil.wordpress.com/2020/12/18/meu-pedido-de-natal-e-nao-e-a-vacina/
Jefferson Farias