E SE A PANDEMIA NÃO FOSSE UMA SURPRESA?
Imagine-se a pandemia não chegar abruptamente, de surpresa, como ocorreu, logo que fartamente se brincou o carnaval com aglomerações gigantes?
Se sinalizassem que ficaríamos seis meses ameaçados e fechados em casa, como seria absorvida a notícia, se oficial?
Uma correria e caos total seriam vistos. Avisado que haveria clausura forçada, a corrida a tudo necessário para sobrevivência traria cena impossível de descrever.
A absorção foi paulatina, digerida aos poucos e sob hábito que foi se estabelecendo, como dizia Shakespeare, “o hábito é segunda natureza”.
Muitos desfechos mais drásticos seriam observados, como suicídios e similares transtornos. Já se vê algo similar em psicopatias desenvolvidas sem o aviso que felizmente não houve. Os fatos foram acontecendo, como em dar tempo ao tempo de assimilação de fenômenos. E ainda vivemos e vamos viver a tormenta. Dez meses atípicos.
Ficar segregado mesmo no seio da família por esse tempo é absolutamente incomum. Para os solitários, os que vivem sós, e a rua é abrigo de convívio, o trauma é maior.
Mas é a história que vamos passar, não sabemos até onde, Deus escreve certo por linhas tortas. Tudo vem desse movimento inicial que nominamos de Deus.
Por onde andar a ideia, o pensamento, as conjecturas ou meios científicos, lá estará uma Causa inicial.
Qualquer digressão que se faça o polo irradiador é a majestade da natureza que desemboca em Deus.
Mesmo o Deus de Spinoza, panteísta, ou Deus de Moisés, que fez caber em doze linhas o norte da vida sadia, ou de São Paulo, o Paulo de Tarso, grande advogado, Rabino e depois, para mim o grande construtor do catolicismo. Enfim Deus, o Criador de todas as coisas e gestor de todas as causas, lá estará a FORÇA SUPREMA.
E nada que vem de Deus fixa um permanente mal. Tudo que vive se expande, cresce, se transforma após viver e finda.