ECOS DE DOMINGO (II)
(Diário de minhas andanças)
É tarde de um domingo qualquer.
[ Destas tardes modorrentas entrecortadas de gorjeios ]
Cachorro estirado no terreiro, um galo rasgando no peito um “não sei quê de saudade”, parreiras esgueirando-se em desvãos de cercas de ripas.
Vento maroto choramingando soledades pela campina vadia.
Na casa fechada, um portão escancarado...Vez e outra, uma lufada mais abrupta o convida para um valseado.
Ele - o portão - vai meio a contragosto. Um sussurro melancólico no compasso da dança dá sinais de constrangimento.
[ É domingo! ]
Roupas de linho, águas de cheiro...
Dia de visitar parentes, ausentes, comadres, compadres...
Calados os apitos, os gritos, os agitos...Escorre pegajosa a lentidão das horas.
Por trás do arvoredo, duas janelas acabrunhadas vasculham a estradas de chão batido.
[ São solitárias guardiãs da casa sem recheio ]
Espiam feito olhares apreensivos , espreitando a mansidão dos passos.
Ansiosas esperas pelo giro de uma chave a romper a porta, pelas falas mansas, os passos cadenciados...
Até que a casa ,outra vez "recheada" recobre novos e alegres “ecos de domingos".
Texto reeditado.Preservados os comentários ao texto anterior.
12/02/2013 21:05 - Lilian Reinhardt
Grande poeta da minha terra, quanta magia em suas letras, como respira vida a sua poesia! Essas janelas silenciosas repicam-me profundamente na alma!Agradecida pela partilha! abraço grande!
21/02/2013 20:11 - Aristeu Fatal
Maravilhoso texto! Esbanja poesia! Nostálgico! "Vento choramingando soledades pela campina vazia"! Só mesmo um bom futebol para suplantar essa modorra. Abraço
17/02/2013 19:47 - Giustina
Quanta nostalgia esse bucolismo nos traz, Joel! Sempre digo que teus textos me conduzem à infância e eu me sinto tão bem olhando as imagens que colocas e o romantismo do teu olhar sobre as coisa que escreves. Te deixo um beijo, com saudades de tuas visitas.
15/02/2013 19:57 - E Souza
O coracao festejou! Quase pude ouvir o silëncio do domingo. Iratiense a cronica e linda. Otimo fim de semana.
13/02/2013 13:33 - Susana Bighelini
Olá,JG!O título chamou minha atenção:.....domingo.....à tarde, tardes melancólicas,pessoas depressivas se aninham em suas casas,outras passear vão,buscando algo para fugir da solidão.São tantas situações que acontecem nas tardes de domingo!Há encontros de amigos que se reúnem para festejar...Incrível!Mas a maioria fica à mercê da solidão.Tenho um programa na Rádio Jaguari AM e é ouvido tb. pela Internet.Motivação,cultura,entrevistas,participação do ouvinte,dando ênfase às músicas da Jovem Guarda e sucessos atuais.As mensagens que apresento e comento têm uma repercussão interessante!São pessoas de todas as idades,culturas,classes que ligam ou me falam pessoalmente:....."Serviu p/mim a mensagem q leste domingo...."!PARABÉNS pelos lindos e profundos conteúdos reflexivos!NAMASTE!BJS.DE LUZ AZUL"!
13/02/2013 13:20 - Ariadne Cavalcante
Sua crônica ecoa poesia por todos os poros, meu caro JG! Deu vontade de morar ali... Linda! Parabéns! Abraços!
(Diário de minhas andanças)
É tarde de um domingo qualquer.
[ Destas tardes modorrentas entrecortadas de gorjeios ]
Cachorro estirado no terreiro, um galo rasgando no peito um “não sei quê de saudade”, parreiras esgueirando-se em desvãos de cercas de ripas.
Vento maroto choramingando soledades pela campina vadia.
Na casa fechada, um portão escancarado...Vez e outra, uma lufada mais abrupta o convida para um valseado.
Ele - o portão - vai meio a contragosto. Um sussurro melancólico no compasso da dança dá sinais de constrangimento.
[ É domingo! ]
Roupas de linho, águas de cheiro...
Dia de visitar parentes, ausentes, comadres, compadres...
Calados os apitos, os gritos, os agitos...Escorre pegajosa a lentidão das horas.
Por trás do arvoredo, duas janelas acabrunhadas vasculham a estradas de chão batido.
[ São solitárias guardiãs da casa sem recheio ]
Espiam feito olhares apreensivos , espreitando a mansidão dos passos.
Ansiosas esperas pelo giro de uma chave a romper a porta, pelas falas mansas, os passos cadenciados...
Até que a casa ,outra vez "recheada" recobre novos e alegres “ecos de domingos".
Texto reeditado.Preservados os comentários ao texto anterior.
12/02/2013 21:05 - Lilian Reinhardt
Grande poeta da minha terra, quanta magia em suas letras, como respira vida a sua poesia! Essas janelas silenciosas repicam-me profundamente na alma!Agradecida pela partilha! abraço grande!
21/02/2013 20:11 - Aristeu Fatal
Maravilhoso texto! Esbanja poesia! Nostálgico! "Vento choramingando soledades pela campina vazia"! Só mesmo um bom futebol para suplantar essa modorra. Abraço
17/02/2013 19:47 - Giustina
Quanta nostalgia esse bucolismo nos traz, Joel! Sempre digo que teus textos me conduzem à infância e eu me sinto tão bem olhando as imagens que colocas e o romantismo do teu olhar sobre as coisa que escreves. Te deixo um beijo, com saudades de tuas visitas.
15/02/2013 19:57 - E Souza
O coracao festejou! Quase pude ouvir o silëncio do domingo. Iratiense a cronica e linda. Otimo fim de semana.
13/02/2013 13:33 - Susana Bighelini
Olá,JG!O título chamou minha atenção:.....domingo.....à tarde, tardes melancólicas,pessoas depressivas se aninham em suas casas,outras passear vão,buscando algo para fugir da solidão.São tantas situações que acontecem nas tardes de domingo!Há encontros de amigos que se reúnem para festejar...Incrível!Mas a maioria fica à mercê da solidão.Tenho um programa na Rádio Jaguari AM e é ouvido tb. pela Internet.Motivação,cultura,entrevistas,participação do ouvinte,dando ênfase às músicas da Jovem Guarda e sucessos atuais.As mensagens que apresento e comento têm uma repercussão interessante!São pessoas de todas as idades,culturas,classes que ligam ou me falam pessoalmente:....."Serviu p/mim a mensagem q leste domingo...."!PARABÉNS pelos lindos e profundos conteúdos reflexivos!NAMASTE!BJS.DE LUZ AZUL"!
13/02/2013 13:20 - Ariadne Cavalcante
Sua crônica ecoa poesia por todos os poros, meu caro JG! Deu vontade de morar ali... Linda! Parabéns! Abraços!