QUEM DIRIA
QUEM DIRIA
Quem diria!!!
Por algo invisível deixamos de comemorar a, e na vida, e consolar na morte. Abraços, beijos, afagos, risos, prantos, jazeram neste chamamento esquisito, excêntrico, denominado “novo normal”. Para agravar o quadro, tudo está digitalizando-se e nossa inteligência, artificializando-se em doses homeopáticas crescentes. A vida caminha sem os prazeres do estar junto, salvo em redes sociais, frequentemente usada de forma equivocada, para destilar rancor, e a morte, resumida a solidão das estatísticas e dos gráficos de média móvel.
Para exacerbar o momento, lideranças nocivas, há tempo ocupam seu tempo em insanidades e ladroagens, deixando à míngua, milhares. As instituições apodrecidas olham apenas a seus umbigos, espalhando para os demais a sua incompetência e patrocinando a impunidade, quando não, vivem às turras entre si, enterrando a sensatez e as oportunidades de esperanças logo a frente. A sociedade, dividida entre ignorantes e estúpidos de todas as cores, açula os movimentos divisionistas, dando força à truculência e a incivilidade. A cidadania agoniza e assiste-se o caminhar para a morte da beneficência e da compaixão. Tudo é motivo de impudência. Até uma vacina é politizada, execrada, odiada. As torcidas, qual aquelas organizadas do futebol, destilam violência e venenos, longe de entender que a ciência deve sobrepor-se aos pensamentos erráticos, tal qual os vírus que não ocorre em lugar sabido e determinado. Tanto desenvolvimento e tão mais retrocesso é o que se assiste, culpa nossa, que desdenhamos o conhecimento, esquecemos o próximo, alheamo-nos à essência e perdemos a olhos vistos o olhar da ternura, do amor e do apego ao discernimento. Tomara acordemos deste “berço esplêndido” em que estamos prostrados e largados, ao Deus dará.