OS FELIZES, ALEGRES E FRATERNOS NATAIS DE OUTRORA.

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Rio de Janeiro, quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Já faltando um pouco mais de um ano para que alcance a faixa etária septuagenária, num período como esse que estamos atravessando, o de uma pandemia absurda, observando o quanto as pessoas estão se desesperando, algumas, e outras desanimando-se de quase tudo e/ou de todos, é para lembrar dos velhos tempos. Desde criança, passando por jovem e homem novo, até chegar nos dias atuais, com o peso da idade já se fazendo sentir sobre os ombros.

Mas de tudo o que vivi, só posso sentir-me feliz, porque consegui chegar até aqui aos dias atuais. E salvo algumas coisas naturais de quem alcança idade sexagenária para diante, um tanto quanto desagradável, de resto está tudo no seu devido lugar.

Como estamos já em período natalino, nada mais natural do que relembrarmos dos natais passados. Aqueles já quase remotos. Mas inesquecíveis. Porque eram outros tempos. Mais calmos, mais seguros, mais alegres e festivos. E com pessoas com as quais mantínhamos quase que uma total sintonia. A fraternidade era e estava presente entre nós, sempre.

O tempo é implacável, vai levando tudo de roldão. Inclusive vidas. E daqueles que faziam parte de nossas vidas. E num período de vida onde tudo era difícil, com quase nenhuma possibilidade de arcar com certas capacidades, mesmo assim naqueles natais, tive-os de modo absolutamente feliz. Mesmo que junto à pessoas sem nenhum vínculo consanguíneo. Mas a empatia era automática. Eu e os meus, pais e irmãos, tivemos excelentes natais, exatamente naquelas condições.

O irmão mais novo possuía padrinhos, o Mário e a Carmem, cuja situação financeira e patrimonial era de extrema posição. E ele, oriundo de família italiana, carregava em, si tais reflexos, e quando chegava o Natal reuniam em sua casa a parentada toda. Aí também se incluía a família da Carmem. E isso montava um contingente enorme de pessoas.

Tal casa era grande, e os cuidados com tudo era irrepreensíveis. Desde comida, enfeites, e também presentes para todos os que ali compareciam. Era uma coisa esplendorosa. E não me esqueço nunca daqueles dias de plena e total felicidade. A alegria rolava solta do início ao fim da noite.

Mas as brincadeiras que se faziam quase que entre todos era o que mais despertava prazer. Algumas delas se fazia alguma sacanagem com um dos presentes. E a Carme já gostava disso. Aí juntava-se com sobrinhos e faziam arte de primeira, divertindo a todo mundo ali.

É impressionante como não esqueço disso. E relembro sempre com muita saudade daqueles dias. E é como se diz vez ou outra a respeito: dias que não voltarão jamais. Uma pena.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 09/12/2020
Código do texto: T7131803
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