O ela a ser
Com seus quinze anos Dadivava era virgem. E resolvera para sempre ser assim. E estudara o ensino médio numa escola pública, pois os pais não tinham dinheiro. E tinham o nome de Dário e Celeste com quarenta ele e trinta e oito ela. Dadivava era, além disso, virginiana e de cabelos ondulados e negros tendo tez morena e olhos azuis. Quando alcançou dezoito anos entrou para um convento e começou como cuidadora da porta e depois fizeram pagos pelo convento duas faculdades as de teologia e filosofia. E começou a dar aulas para as crianças do orfanato próximo da paróquia Bom Senhor Jesus do Sim. E fez vinte e nove anos e acabaram as duas graduações. Ela se confessava com o padre Galeão todos os meses para se mantiver pura e sem pecados. E tinha três freiras melhores amigas como a Festina, a Filomena e a Tamara. As três tinham mais idade do que a Dadivava e estavam com trinta, trinta e um e trinta e dois no presente momento. E a madre superiora colaborava pela santidade de suas acolitas. Ela se chamava de Gema muito honesta e queria ser santa da igreja. E o padre Galeão adoeceu de tísica, e todas as freiras fizeram orações pelo padre doente. E nada dava certo a não ser um dia que ela colocou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e rezou e o sacerdote em três dias saiu curado. E assim saído da doença ele rezava agora todos os dias por esta linda santa. Tomaram Dadivava como fosse santa e ela queria ser somente uma mulher simples se bastando. E moveu fundos para se construir uma basílica de Nossa Senhora Aparecida na cidade de Belo Horizonte junto com intercessão de seus precedentes. E cada sentimento não é somente real, mas também sensorial. Dadivava era uma linda mulher e mesmo sendo freira os homens a cortejavam. E as três amigas junto a irmãs conferiram a direção do convento, orfanato e escola para Dadivava e ela governou até os cento e onze anos quando morreu e ascendeu aos céus. O jogo predileto desta santa era jogar damas e xadrez sendo correta no tudo e no todo e gostava também de dominó. E era feliz e queria ser santa. Ela costumava ver e assistir televisão uma hora por semana e detestava novelas e programas policiais e pregava o evangelho para tudo e todos. E fazia um bolo para alegrar as setenta irmãs de cenoura com chocolate e fazia um pudim de chocolates muito gostoso. E adorava fazer jejuns intermitentes e quase chegou a passar fome. E o padre Galeão estava com noventa quando morreu. E Dadivava era ríspida quando necessária, contudo amava e sempre a todos perdoava. E as três amigas de Dadivava eram expertas em cada momento e sentimento e velaram a amiga na hora da partida da sua morte. Quando passou-se sete dias uma roseira nasceu em redor do túmulo e as freiras cultivaram a planta e todo dia sete do mês nascia uma roseira que perfumava todo o cemitério ficando ao lado do convento também. E Dadivava se tornou bem-aventurada e se tornou uma grande santa sete anos após seu falecimento.