AS LUZES PISCANTES DA ÁRVORE DE NATAL
A noite chega em silêncio. E no seu silêncio aquelas luzes piscantes da árvore de Natal ganham um brilho silencioso também.
O relógio bate apressado, sem calma, querendo chegar ao fim antes do tempo. Ao longo da noite há um duelo entre os dois. A noite corre tranquila, mas o tempo e o relógio seguem apressados.
Apesar deste duelo, lá fora os cães latem, as corujas dão sinal de que estão perto e as águas do rio batem nas pedras pedindo licença para passar.
Todos em atividade sem se importarem com o tempo. Mas ele continua passando. Para os humanos, o Natal tem um significado. E para estes elementos da natureza?
Há um casal discutindo, porque as vozes ora são altas ora são baixas. O choro de um bebê leva a pensar: Sono? Fome? Ou atividades de higiene que precisam ser feitas pela mãe/pai?
Também há um carro passando. Será que quem está dentro parou para pensar que o Natal está chegando?
Todos em atividade sem se importarem com o tempo. Mas ele continua passando.
Há também os que lamentam a ausência daqueles que o tempo levou, contudo há aqueles que brindam a chegada daqueles que este mesmo tempo se incumbiu de trazer. Interessante as ações deste tempo: ora leva, ora traz. E se ele leva, muitas vezes são esquecidos, já se traz, poucas vezes são lembrados. E o Natal?
Ainda há os que correm contra o tempo. Infelizes, porque se esquecem de agradecer cada segundo de suas vidas.
E o brilho silencioso da árvore de Natal, apesar de tudo, continuará... Mesmo em silêncio. Brilha, porque é Natal. E as luzes continuam sua atividade de piscar, piscar, piscar...