Defesa da feiura
Em geral as pessoas gostam de se sentir parte do grupo. Precisam ser sentir aceitas, conectadas. O pertencimento é algo realmente importante. Pensando na humanidade como um grande grupo, penso que talvez não seja tão difícil sentir esse certo "pertencimento". Para tanto, tratarei apenas de um aspecto: beleza x feiura, deixando claro que o referencial será sempre o padrão estético vigente: corpos jovens, magros/malhados, simétricos e etc.
Estatisticamente podemos afirmar, levando em consideração o padrão de beleza vigente, que há muito mais pessoas feias no mundo. Sendo assim, só posso supor que ser feia ou feio é a norma. Então quem não está no padrão de beleza está em harmonia com a maior parte da população do planeta. Somos regra!
Outro ponto a se pensar é que a beleza não é a nossa tendência natural uma vez que para adquiri-la ou para mantê-la precisamos nos esforçar, nós transformar e porque não dizer, nos sacrificar. Lembrando que nossa natureza é envelhecer. O envelhecimento traz consigo muitas das características que as pessoas que buscam por beleza tentam eliminar a todo custo como: ganho de peso, linhas de expressão, cabelos brancos, flacidez dentre tantas. Sabendo que o envelhecimento não é uma escolha não parece fazer sentido lutar contra algo inevitável e inadiável.
Algumas das facilidades da feiura são: mais tempo disponível (pois a busca da beleza gasta muito tempo), pouca necessidade de atender a expectativas externas (sempre esperam que quem está no padrão permaneça nele) e mais liberdade (as atenções e cobranças são bem menores). Sem contar menos inveja.
Cumpre ressaltar que ser feia ou feio não tem nenhuma relação com deixar de ter relacionamentos ou aproveitar a vida. Se assim fosse estaríamos fadados a extinção. A feiura não limita nenhuma atividade, muito pelo contrário te dá até mais liberdade, pois você pode driblar os interessados apenas na aparência. A pessoa ser feia não a impede de ter autoestima, ser charmosa, interessante e bem resolvida, portanto não podemos usá-la como desculpa. O importante é não deixar de se amar ou se sentir confiante por não estar no padrão.
Voltando a tese central, se somos uma tribo e se a maioria é feia, o que justificaria alguns serem bonitos ou tentarem a todo custo serem bonitos? Múltiplas possibilidades de respostas, mas pensando em perspectiva, arrisco dizer que tentar ser diferente do grupo é uma maneira de tentar se afirmar, se sentir diferente e especial. Funciona mais ou menos como acontece com as crianças quando chegam a adolescência. Nesse aspecto aceitar nossa feiura pode ser um sinal de maturidade e segurança interna. De outro lado: a tentativa de estabelecer padrões e nos desafiarmos a alcança-los é uma busca de proposito e autoafirmação. Assim como jogos, tendem a gerar motivação e engajamento a busca por qualquer padrão pode ter o mesmo efeito. Uma distração eficiente, mas que pode tentar nos distanciar de questões mais significativas e menos passageiras. O que poderia ser? Posso dizer que quando mais sentido de vida temos, menos sentimos necessidade de buscar autoafirmação. Já somos suficientes!
Fico por aqui... apesar de pensar que o tema renderia mil páginas. Me despeço destacando que também tento ser bonita, mas com meu padrão. Confesso as vezes dar uma escorregada nas cobranças sociais, mas me divirto pensando que sempre que estou feia estou coerente com meu grupo, estou em harmonia com o mundo e os outros que são estranhos...rsrsrs.
Em geral as pessoas gostam de se sentir parte do grupo. Precisam ser sentir aceitas, conectadas. O pertencimento é algo realmente importante. Pensando na humanidade como um grande grupo, penso que talvez não seja tão difícil sentir esse certo "pertencimento". Para tanto, tratarei apenas de um aspecto: beleza x feiura, deixando claro que o referencial será sempre o padrão estético vigente: corpos jovens, magros/malhados, simétricos e etc.
Estatisticamente podemos afirmar, levando em consideração o padrão de beleza vigente, que há muito mais pessoas feias no mundo. Sendo assim, só posso supor que ser feia ou feio é a norma. Então quem não está no padrão de beleza está em harmonia com a maior parte da população do planeta. Somos regra!
Outro ponto a se pensar é que a beleza não é a nossa tendência natural uma vez que para adquiri-la ou para mantê-la precisamos nos esforçar, nós transformar e porque não dizer, nos sacrificar. Lembrando que nossa natureza é envelhecer. O envelhecimento traz consigo muitas das características que as pessoas que buscam por beleza tentam eliminar a todo custo como: ganho de peso, linhas de expressão, cabelos brancos, flacidez dentre tantas. Sabendo que o envelhecimento não é uma escolha não parece fazer sentido lutar contra algo inevitável e inadiável.
Algumas das facilidades da feiura são: mais tempo disponível (pois a busca da beleza gasta muito tempo), pouca necessidade de atender a expectativas externas (sempre esperam que quem está no padrão permaneça nele) e mais liberdade (as atenções e cobranças são bem menores). Sem contar menos inveja.
Cumpre ressaltar que ser feia ou feio não tem nenhuma relação com deixar de ter relacionamentos ou aproveitar a vida. Se assim fosse estaríamos fadados a extinção. A feiura não limita nenhuma atividade, muito pelo contrário te dá até mais liberdade, pois você pode driblar os interessados apenas na aparência. A pessoa ser feia não a impede de ter autoestima, ser charmosa, interessante e bem resolvida, portanto não podemos usá-la como desculpa. O importante é não deixar de se amar ou se sentir confiante por não estar no padrão.
Voltando a tese central, se somos uma tribo e se a maioria é feia, o que justificaria alguns serem bonitos ou tentarem a todo custo serem bonitos? Múltiplas possibilidades de respostas, mas pensando em perspectiva, arrisco dizer que tentar ser diferente do grupo é uma maneira de tentar se afirmar, se sentir diferente e especial. Funciona mais ou menos como acontece com as crianças quando chegam a adolescência. Nesse aspecto aceitar nossa feiura pode ser um sinal de maturidade e segurança interna. De outro lado: a tentativa de estabelecer padrões e nos desafiarmos a alcança-los é uma busca de proposito e autoafirmação. Assim como jogos, tendem a gerar motivação e engajamento a busca por qualquer padrão pode ter o mesmo efeito. Uma distração eficiente, mas que pode tentar nos distanciar de questões mais significativas e menos passageiras. O que poderia ser? Posso dizer que quando mais sentido de vida temos, menos sentimos necessidade de buscar autoafirmação. Já somos suficientes!
Fico por aqui... apesar de pensar que o tema renderia mil páginas. Me despeço destacando que também tento ser bonita, mas com meu padrão. Confesso as vezes dar uma escorregada nas cobranças sociais, mas me divirto pensando que sempre que estou feia estou coerente com meu grupo, estou em harmonia com o mundo e os outros que são estranhos...rsrsrs.